quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Assumindo a própria Raça

Fazendo o levantamento para um trabalho da interdisciplina Questões Étnico-raciais na Educação, me impressionei com a quantidade de pais que consideram seus filhos brancos, mesmo eles sendo visivelmente Negros, ou Pardos. De 22 alunos inscritos, 15 se enquadram nesta característica, mas apenas 3 se declararam negros ou pardos.
Como estou trabalhando em um anexo das escolas de educação infantil do município, não temos acesso aos documentos do censo, então enviei um pequeno questionário para os pais responderem em casa. 
Ao me deparar com tal resultado, lembrei-me do texto Aprender e Ensinar Relações Étnico Raciais no Brasil, principalmente no seguinte trecho, onde  Bento (2002 pág 48) citado por Silva (2006, pag 491):
"É oportuno salientar que branquitude é o reconhecimento de que raça, como um jogo de valores, experiências vividas e identificações afetivas, define a sociedade. Já raça é uma condição de indivíduo e é a identidade que faz aparecer, mais do que qualquer outra, a desigualdade humana."
Infelizmente, os pais de hoje em dia, ainda tem vergonha de autodeclarar seus filhos na raça de que realmente são.
Após o resultado (que deu acaso de concluir perto da semana da conciência Negra), eu tive uma conversa sobre raças com os alunos, e percebi que eles sabem de qual raça pertencem, mas ao mesmo tempo são influenciados pelos pais a se declararem brancos.
Entre algumas falas, ouvi: Minha mãe é pretinha profª, mas ela não gosta que chame ela assim. Então respondi ela é Negra! E isto parece ter soado como uma ofensa para a menina que me respondeu: NÃO!!!
Ouvi também: Eu tenho o cabelo enroladinho, mas sou bem branquinha né profª? E eu respondi: Será? o que você acha?
Nesta conversa mostrei diversas fotos de pessoas de diversas raças, através da televisão, e ao final eu disse: Cada um é lindo, do seu jeito e com as suas qualidades.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A diversidade na prática pedagógica

Ser professor não é uma tarefa nada fácil. Temos de lidar com a diversidade de 20, as vezes 30 "crianças' de uma única vez. Creio que na Educação Infantil isto seja mais difícil ainda, pois a personalidade deles ainda está sendo formada, assim sendo, é fundamental que seja incluído entre as aprendizagens a diversidade cultural que existe em nosso país. 
Segundo Genro e Caregnato (Pag 4): 
"A escola e seus profissionais têm o compromisso ético de colocar em debate as diferenças, os assuntos e as abordagens contemporâneas, tendo em vista o fato de trabalharem com a formação do indivíduo para o convívio social. Além disso, a escola indica, em tese, a possibilidade de mobilidade social. Não se convive razoavelmente em sociedade nem se avança de forma digna no lugar social que se ocupa se não houver fortalecimento das relações sociais democráticas, que valorizem as pessoas e grupos sociais na sua diversidade."
 Precisamos desde muito cedo, promover diálogos com os alunos sobre a diversidade cultural que vivemos, pois só assim teremos uma sociedade livre de preconceitos e ciente de onde veio.

A afetividade pode asfixiar o conhecimento, mas pode também fortalecê-lo

O texto de Edgar Morin (2002): As cegueiras do Conhecimento:  Erro e Ilusão, nos faz pensar muito sobre o que é o conhecimento e a racionalidade. 
Segundo o autor:
"Poder-se-ia crer na possibilidade de eliminar o risco de erro, recalcando toda a afetividade. De fato, o sentimento, a raiva, o amor e a amizade podem-nos cegar. Mas é preciso dizer que já no mundo mamífero e, sobretudo, no mundo humano, o desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da afetividade, isto é, da curiosidade, da paixão, que por sua vez , são a mola da pesquisa filosófica ou científica. A afetividade pode asfixiar o conhecimento, mas pode também fortalecê-lo."
 Como professores, temos que ter a afetividade como aliada, principalmente na Educação Infantil, onde as crianças passam mais tempo na escola do que com os pais. Mas precisamos mostrar para a criança não só que o amamos, mas porque o amamos queremos sempre o melhor para ele. 
Certa vez ouvi uma mãe dizer: -Mas é tão difícil dizer não para ele profª! No mesmo momento respondi para ela, mas é por você amar o seu filho que é preciso dizer não.
Assim devemos também separar a afetividade da racionalidade, pois crianças precisam de limites, de regras, precisam saber diferenciar o certo do errado, e cabe tanto aos pais quanto a nós professores fazermos está diferenciação.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Estádios e não Estágios de Desenvolvimento Cognitivo

Sempre que me deparava com este termo: Estádios de Desenvolvimento Cognitivo, ficava pensando, mas tem algo de errado aí, o correto não seroa Estágios?
Ao começar a ler o texto: Estádios do Desenvolvimento, me deparei com a seguinte explicação:
"A palavra “estágio” denota uma experiência à qual nos submetemos para atingir algum patamar de aprendizagem que não temos até o momento. Acontece que a criança que se encontra num determinado estádio de desenvolvimento não está minimamente preocupada com o estádio seguinte. Não se trata, pois de estágio, mas de estádio (stadium, do latim, “designa uma unidade de comprimento (600 pés) e por extensão, um terreno cuja dimensão foi especialmente adaptada aos esportes” [http://tecfa.unige.])."
Os autores Marques e Becker explicam claramente a expressão. e como num piscar de olhos, pude perceber a diferença não só entre os termos, mas entre o desenvolvimento de nós adultos e das crianças.
Enquanto as crianças se desenvolvem sem intenção de progredir para o próximo estádio, nós adultos estamos sempre em busca do que virá depois, por vezes até esquecendo de viver o agora. Quando não se está trabalhando, procurá-se um emprego para evoluir, se não possui uma casa, trabalhamos para conquistá-la, por vezes quando conseguimos queremos sempre mais... Muitas vezes não nos damos conta de quanto tempo perdemos buscando o melhor, mas será que o melhor não está nesta busca?
Acredito que sim, e temos que dar mais valor para o hoje, pois o ontem já passou e o amanhã, será que teremos condições de vivê-lo?
Vamos buscar nossa essência de criança, vivendo o hoje, sem preocupações com o que está por vir.

Trabalhando como investigadoras

Fazer o trabalho que envolvia o método piagetiano clinico, foi deveras difícil, pois ter que testar a criança sem poder auxiliá-la me causou certa agomia.
Segundo Piaget, Citado por Becker (Pag. 3):
"De acordo com Piaget (1926, p.11), duas qualidades são fundamentais ao bom experimentador “saber observar, ou seja, deixar a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para controlar”.
Como professoras, nosso instinto é auxiliar a criança a chegar até o conhecimento. Ter que testá-la sem poder ajudá-la, foi um tanto angustiante. Sabíamos que a menina tinha a capacidade a ser testada, mas talvez por timidez ou pela presença de uma pessoa estranha (no caso eu), ficou nervosa e se confundiu ao dar a resposta de uma das perguntas. 
Com este teste, pude concluir que nasci mesmo para ser professora, e pesquisadora também, mas junto com os alunos, guiando os pequenos no universo do conhecimento.

domingo, 26 de novembro de 2017

E quando não sabemos qual é a necessidade de um aluno?

Estamos no final do ano letivo, hoje acabei de fazer meus pareceres descritivos, e me peguei pensando em cada aluno. Teve alguns que evoluíram mais, teve outros que evoluíram menos, e aqueles que não evoluíram praticamente nada...
Sim existem alunos que frequentam os 200 dias letivos sem faltar quase nenhum dia, e ainda assim não evoluem nada...
Sempre procuro conversar com os pais no decorrer do ano letivo, sobre todos os aspectos de seus filhos, mas teve um em especial que eu não conseguia conversar com os pais de jeito nenhum, pois o menino vai e volta de van para a escola. Na entrega do parecer do primeiro semestre, conheci a mãe: uma mulher de em média 25 anos, que usava óculos com uma lente bem grossa. Quando vi a mãe, logo me veio na cabeça que o menino também podia ter alguma dificuldade na visão. Conversei com ela, disse que ele não estava conseguindo acompanhar a turma, mas notei que ela não me deu muita atenção. Semanas depois o menino continuava na mesma, quando eu colocava a atividade na sua frente, ele ficava olhando para todos os lados quieto e não atinava a pegar o lápis e fazer o trabalho. Então conversei com a orientadora educacional e pedi para que ela chamasse os pais dele para uma conversa, pois eu acreditava que o menino podia ter algum problema de visão.
Na conversa com os pais a mãe me contou que descobriu o seu problema de visão aos 10 anos, então pedi para que ela procurasse uma ajuda para o filho. Mas infelizmente nossa conversa não teve o efeito esperado, além de não procurar um médico para o filho, quando comecei a mandar os trabalhos para ele fazer em casa, pois na escola não tinha jeito nem de pegar o lápis na mão, os mesmos não voltavam mais.
E assim como tive grandes vitórias, tive também derrotas, pois a educação não depende apenas de nós professores. A educação deve ser um processo contínuo com a ajuda dos pais, buscando sempre o melhor para a criança. Infelizmente alguns pais não admitem que seus filhos possam sim ter necessidades diferenciadas e infelizmente isto atrasa muito o nosso trabalho como professores.

Pessoas com necessidades especiais Sim Deficientes incapazes Não

Durante a nossa última aula da interdisciplina Educação para Pessoas com Necessidades Especiais, assistimos alguns vídeos que me fizeram pensar em como tratamos estas pessoas.
Muitas vezes com a intenção de ajudar, já  entramos em ação para auxiliar as pessoas com necessidades especiais, como se elas não pudessem fazer aquelas ações sozinhas.
Me chamou muito a atenção um vídeo em que a palestrante conta que certa vez estava em uma escola e foi perguntada de quando iniciaria a palestra sobre motivação. E ela respondeu que a palestra dela não era sobre motivação e as pessoas ficaram apavoradas, uma vez que sempre viam pessoas com necessidades especiais como a dela (paraplégica) dando discursos sobre como faziam coisas fantásticas, mesmo sem os braços ou as pernas. Então passou um filme na sua mente sobre como ela foi tratada desde a infância, onde qualquer coisa que conseguia fazer era tratado como algo extraordinário.
Mas ao meu ver não era assim que ela gostaria de ser tratada... Ela gostaria de ser tratada como uma pessoa normal que possui sim certas limitações, mas quem não tem limitações não é mesmo?
Meu aluno com laudo, por ser criança sempre se contentou com o "coitadismo". Até eu assumir a turma e tratar ele como todos os outros.
Teve uma vez que ele estava muito agitado, e estava incomodando muito os demais colegas, então coloquei ele sentado ao meu lado. Na hora ele ficou muito bravo, chorou e reclamou bastante dizendo que não gostava mais de mim.
No dia seguinte para a minha surpresa, aparaceu a avó dele, que o cria, querendo saber o que tinha acontecido que o neto dela havia chegado em casa muito chateado comigo, e eu respondi: eu tratei ele como trato todos os colegas, ele estava muito agitado e coloquei perto de mim para se acalmar, como faço com todos os alunos que precisam. No mesmo momento ela quis me contrariar dizendo que eu precisava entender que ele era diferente. Então respondi para ela: Sim ele é diferente e os outros 22 colegas dele também são. Cada um exige de mim como professora uma qualidade diferente, e é como eu trabalho. Neste momento a avó encheu os olhos de lágrimas, pois percebeu, que pela primeira vez o menino estava sendo tratado como os demais colegas "normais", me deu um abraço e me agradeceu, pois estava notando que o seu neto estava amadurecendo bem mais depois que eu assumi a turma.
Chegando ao final do ano letivo, considero este aluno, uma das minhas grandes vitórias, pois além de ter melhorado o aspecto comportamental, está criança com todas as suas dificuldades, muitas vezes se sobressai aos seus colegas, e tem a cada dia acreditado mais em si mesmo, deixando o coitadismo de lado.

Como Crocodilos e Avestruzes...

Infelizmente vivemos num mundo que anuncia a diversidade em propagandas, mas quando a enfrentamos de frente os Pré Conceitos, falam mais alto.  Quando assumi a minha turma da tarde, todos me falavam: “pede uma auxiliar por que o aluno com laudo precisa”, “Tu não vai dar conta sozinha”, “Coitadinho ele precisa de uma pessoa só para ele”.  Confesso que assumi a turma com medo de todos estes “crocodilos”, mas a minha primeira ação foi tratar ele como tratava todos os outros colegas, e hoje eu posso dizer que consegui. Consegui descobrir uma criança que tem sim dificuldade na fala (troca alguns fonemas), tem mais dificuldade para se concentrar em algumas atividades, pois quando a atividade não chama a atenção dele e dos colegas, o trabalho não rende, mas quando eu entro na realidade, na imaginação deles, utilizando o lúdico, o trabalho flui, e o menino que era taxado de coitadinho, se sobrepõe aos seus colegas.
A autora do texto Como crocodilos e avestruzes, nos trás a deficiência como um Fenômeno Global, que é dividida em dois subfenômenos: A deficiência Primária (deficiência e incapacidade) e a Deficiência Secundária (desvantagem). Os dois subfênomenos estão ligados entre si, pois através da deficiência e incapacidade, se dá a desvantagem que o portador da deficiência possui. Acredito que como Educadores, temos o dever de dar condições iguais para todos os alunos, não importando cor, raça ou deficiência. No caso do meu aluno, o grau de deficiência dele não é tão alto. A inteligência dele é muito maior do que a sua incapacidade. Para ele evoluir, faltava um profissional que acreditasse nele, e foi o que eu fiz.
Contrapondo isto, vejo uma menina altista, que está em outra turma pelo turno da manhã, mas nem a professora nem a mãe ainda conseguiram achar um método para incluí-la em sala de aula. Quando converso com a colega que trabalha com a menina, ela apenas diz que a mãe quer que a menina seja incluída, mas a menina ainda não conseguiu se integrar na escola, não demonstra interesse por nada, apenas grita e chora quando está entre os colegas, pois as atividades não chamam a sua atenção. Esta colega trabalha de forma bem tradicional, e se preocupa bastante com os conteúdos a serem trabalhados. Acredito que isto possa prejudicar sim a menina, pois somos nós como escola que temos que nos modificar a realidade dela e não ela a nossa.
Quando a menina altista está na escola, vejo muito ela passeando pelos corredores com a professora dela, esse é o mecanismo de defesa que a professora titular da turma achou para conseguir lecionar com os outros alunos. Particularmente, eu sou contra disposição de mesas “enfileiradas uma atrás da outra”, mas algumas colegas ainda utilizam deste recurso, para deixar os alunos mais agitados no fundo da sala, assim não interagem com os demais.
Como já citei anteriormente, acredito que a escola tem que se adaptar as necessidades das pessoas com deficiências, ainda mais na Educação Infantil, onde a interação com o outro é o “carro chefe” da aprendizagem.

Não podemos dar as costas ou simplesmente por que o aluno é agitado, colocar ele no fundo da sala de aula e fazer de conta que ele não existe. Gosto muito de trabalhar com o lúdico, e a disposição das mesas em formato de “U”, pois assim posso circular entre todos e auxiliar um por vez. Trabalhar com as crianças em grupo também é maravilhoso, pois a troca de conhecimentos e vivências deles é fundamental para a aprendizagem.

sábado, 18 de novembro de 2017

Trabalhando com alunos Laudados e Não-Laudados

Fazendo as atividades da Interdisciplina de Educação para Pessoas com Necessidades Especiais, me peguei pensando sobre cada um dos meus alunos... Cada um é diferente, cada um é especial, cada um tem uma necessidade especial, seja ela cognitiva, afetiva ou física. das minhas duas turmas de Pré A, tenho 42 alunos frequentes: São 42 seres com as suas peculiaridades.
Segundo a  Nº 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE, que faz cair a exigência de um laudo médico para incluir a criança com dificuldades especias:
"A inclusão de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação em escolas comuns de ensino regular ampara-se na Constituição Federal/88 que define em seu artigo 205 “a educação como direito de todos, dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, garantindo, no art. 208, o direito ao “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência”. Ainda em seu artigo 209, a Constituição Federal estabelece que: “O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público”.
Acredito que esta nota tenha sido criada para evitar a discriminação de alunos com alguma deficiência. Mas e como podemos dar uma assistência adequada sem saber exatamente qual a necessidade da criança?
Nestes 42 alunos, tenho apenas 1 que possui laudo, mas confesso que por muitas vezes vejo outros colegas com necessidades bem mais sérias que a dele, que não recebem nenhuma assistência especializada (atendimento com educador especial) pois não possuem LAUDO.
São crianças que por não "incomodarem" com seus comportamentos, não desenvolvem-se cognitivamente da maneira adequada, assim sendo não foram encaminhados para atendimento especial desde que entraram na escola. Tentei encaminhá-lo para o atendimento, mas não obtive sucesso, pois agora o município que eu trabalho só atendem as crianças que possuem laudos, e cabe aos pais procurarem médicos especializados, que por sua vez não procuram atendimento, pois o aluno vai progredir de ano de qualquer jeito.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

À Sombra desta Mangueira: Quebrando os Préconceitos com a Filosofia

Confesso que demorei muito a começar as atividades neste semestre. Trabalhar 40 horas, dar conta da casa e da faculdade não é fácil, mas na verdade eu tinha um certo "pré-conceito", principalmente com a interdisciplina de Filosofia, pois há muitos anos atrás quando fiz um semestre de pedagogia em outra faculdade, o professor de filosofia me traumatizou... Mas quando comecei a fazer as atividades da interdisciplina, percebi que a interdisciplina não era nem um pouco parecida com o que eu tinha estudado em outra faculdade.
Estudando o Texto À sombra desta Mangueira, juntamente com a professora Larissa, me dei por conta: "Porquê não comecei a fazer as atividades antes???"
Segundo Paulo Freire (2000, pag 75):
"Para que a finitude, que implica processo, reclame educação, é preciso que o ser nela envolvido se torne consciente. A consciência do inacabamento torna o ser educável. O inacabamento sem a consciência dele engendra o adestramento e o cultivo. Animais são educados, plantas são cultivadas, homens e mulheres se educam."
O grande mestre nos faz pensar o porquê que buscamos o conhecimento, e chegamos juntos à conclusão de que buscamos o conhecimento por que temos a consciência do finito, ou seja consciência da morte.
Outro trecho me chamou muito a atenção no texto também que é onde Freire fala sobre a curiosidade (2000, pag 76):
"Sem a curiosidade que nos torna seres em permanente disponibilidade à indagação, seres da pergunta - bem feita ou mal fundada, não importa - não haveria a atividade gnosiológica, expressão concreta da nossa possibilidade de conhecer."
Desde o primeiro semestre sempre me descrevi como uma pessoa curiosa, por vezes na vida achei que fosse um defeito, mas percebo junto com Freire que está é uma qualidade do ser humano. Assim como meus pequenos alunos, que me enchem de perguntas todos os dias, somos seres curiosos por natureza, e é graças a está curiosidade toda que a humanidade evoluiu. 
Agora me pego pensando, se eu não tivesse a curiosidade em aprender, de entrar de cabeça na Pedagogia da UFRGS, se tivesse desistido mesmo antes de entrar, ou pior se estivesse deixado a curiosidade de lado e não tivesse entrado de corpo e alma "À Sombra da Mangueira", o que teria sido de mim? Com certeza estaria parada no "trauma" que o outro professor colocou na minha cabeça.
Então fico pensando novamente na importância de termos bons professores que nos encantem com os conteúdos assim como a Professora Larissa, e também na importância de colocarmos isto em prática com os nossos pequenos, fazendo com que eles acreditem na suas capacidades e nunca podando as suas curiosidades.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Ainda sobre dar aula para duas turmas de Pré A

NãoNo semestre passado fui indagada por uma colega, sobre as atividades que aplicava nas minhas turmas de Pré A, e fui categórica em falar que fazia atividades diferenciadas para as duas turmas, pois se tratavam de crianças diferentes, sujeitos com personalidades diferentes e que tinham habilidades e dificuldades diferentes.
No dia de ontem, eu resolvi por esta minha afirmação a prova, colocando a mesma atividade para as duas turmas.
Como encerramento da Semana Farroupilha, passei através do Rádio a música nativista Guri, interpretada por César Passarinho, que conta a história de um homem simples apaixonado pela terra onde ele vive. Na minha turma da manhã, onde a sala fica distante do banheiro (que é um só para as 4 turmas de cada turno usarem), as crianças além de ouvirem atentas tanto a música, quanto a minha explicação da letra, fizeram desenhos maravilhosos, que contavam a história da música, já na turma da tarde, considerei a atividade um desastre, pois além de ser interrompida diversas vezes por fatores externos, os alunos não se encantaram com a história que a música conta, não chamou a atenção deles escutar uma melodia sem dançar, apenas para apreciá-la, quando pedi para que fizessem o desenho, a grande maioria fez na pressa, riscaram sem o intuito de contar o que aprenderam, para então fazerem outra atividade.
Como profissional tive dois momentos: O primeiro que foi pela manhã, onde sai realizada da sala de aula, pois consegui apresentar não somente uma história de uma forma não convencional, mas também apresentei um outro tipo de música que as crianças não estão acostumadas a ouvir, a música nativista gaúcha. E o segundo momento em que fiquei muito triste, por não ter conseguido atingir os meus objetivos.
Chegando em casa após o trabalho, me peguei pensando e lembrei da pergunta sobre o meu planejamento, e mais uma vez, além de responder com a minha prática, relaciono o que estou aprendendo sobre diversidade com a sala de aula. A turma da manhã, vêm comigo desde o início do ano, então consegui fazer com que eles se apaixonem por histórias assim como eu, seja de qual forma for contada. Já a turma dá tarde, que assumi em abril, precisa do lúdico para se envolver com a história, ou seja, não adianta eu preparar uma aula que eu ache muito interessante se não tiver o faz de conta, por exemplo, se eu tivesse levado a mesma história, contada com um fantoche, pode ser que chamasse mais a atenção deles.
Assim sendo, eu volto a reafirmar: alunos diferentes, necessidades diferentes, isto para mim, é um tipo de diversidade na educação!
Obs: Esta postagem ainda será editada, pois procurarei um texto para embasá-la.
Referências: Música Guri, interpretada por César  Passarinho. Composição: João Batista Machado / Julio Machado Da Silva Filho

domingo, 10 de setembro de 2017

Diversidade na Cultura Litorânea

É com um imenso orgulho que inicio está postagem...
Na ultima sexta-feira fiz a primeira apresentação com meus alunos sob minha responsabilidade, sozinha, sem parceira de turma para dividir os méritos!
O tema escolhido para as apresentações, foi o  Jeito Cidreirense de ser, e assim que ouvi o tema, logo me lembrei de uma música que tive o prazer de prestigiar no festival da canção de Salinas. Música de autoria de Ivan Therra, a qual falava de uma Doceira que vendia seus quitutes a beira mar. Uma guerreira que buscava o sustento da sua família, vendendo sonhos, pé de moleque e rapadura, a bordo de sua carroça. 
Assumi a responsabilidade da apresentação, e junto com meus alunos da turma de Pré A da tarde, homenageando a Dona Zinha. Mas o que era para ser apenas uma homenagem a uma pioneira, se tornou algo muito grande, pois além de consagrar uma mulher negra que trabalhava e ainda trabalha para trazer o sustento para a sua casa, a apresentação serviu para mim como um tributo a minha mãe, que criou os meus 4 irmãos vendendo verduras em uma carroça e quando chegava no início da rua gritando Olha a Verdureiraaaaaa, no meio da rua os seus fregueses fiéis já estavam esperando. Tenho muito orgulho em dizer que sim, minha mãe vendeu verduras de carroça para sustentar a família, sim meu pai (após o meu nascimento) largou as obras e assumiu a carroça fazendo fretes  para continuar o seu legado, e é graças a eles que eu sou quem eu sou hoje.
Mais uma vez eu agradeço aos meus pais, por todo sacrifício que fizeram, por fazerem parte desta cultura litorânea que eu tanto amo, e por terem sonhado um dia em ter uma filha Professora! Sonho este que eu realizo e me realizo todos os dias!!!
No final da apresentação abrimos um banner com a frase de minha autoria:
"Ser Cidreirense é trabalhar a beira do mar, gritando: Olha o Sonho, o pé de moleque, a Rapadurinha! Viva a Dona Zinha!"
E acredito fielmente nisto. Este é um exemplo de Ser Cidreirense, de ser litorâneo, de uma mulher batalhadora e que não desiste dos seus objetivos...
Na foto abaixo estou com a Dona Zinha, meus alunos e com as colegas que me auxiliaram na execução da homenagem.

Referências: Doceira - Letra e melodia de Ivan Therra. Participou III Salina da Canção - 2016 - Balneário Pinhal - Conquistando o Troféu de Melhor Música do Festival na opinião do público. A interpretação é de Daniel Maíba.

sábado, 26 de agosto de 2017

Minha relação com a escrita


Durante o período de férias da faculdade, pude refletir sobre a minha relação com a escrita, e percebi que entre outras coisas, a escrita funciona para mim como uma terapia, onde eu esponho minhas angústias, minhas aprendizagens, minhas reflexões...
Esta semana foi mais uma semana difícil, pois perdemos duas colegas professoras em um acidente de carro, que assim como eu saíam de seu município todos os dias para trabalhar em outra cidade. Pegavam todos os dias a mesma estrada que eu pego, para levarem o conhecimento até os seus alunos... Não tinha intimidade com elas, conhecia apenas de vista, mas me peguei pensando que poderia ter sido eu e meus amigos que passamos minutos após o acidente pelo local. Não paramos, pois não reconhecemos o carro e já haviam muitos carros parados, creio que o nosso motorista tenha pensado: "iremos ser mais um bando de curiosos". Mas naquele momento, jamais pensamos que poderiam ser colegas, apenas rezamos para quem quer que fosse, estivesse bem...
Pois então, após chegar na escola, descobrimos quem eram as vítimas... Muitos amigos entraram em contato comigo ou com o meu esposo pensando que fosse eu, pois uma das professoras era conhecida por Prof° Lu, assim como eu. Ontem ainda uma aluninha minha me tirou lágrimas dos olhos, quando perguntou se as professoras tinham morrido e eu respondi que o papai do céu precisava de duas ajudantes lá e chamou elas, então ela me respondeu: eu não vim ontem por que achei que fosse tu Prof°...
E mais uma vez utilizo da escrita para expor meus sentimentos e angústias... Acredito que a minha escrita seja melhor do que a minha fala (mas sei que ainda vou melhorar muito), e isto não é de hoje... Na adolescência fazia um diário virtual, onde eu chorava muito enquanto escrevia, desabafando minhas tristezas e contanto as minhas alegrias.
Durante a aula de música dos meus alunos o professor Marcelo Maresia, fez uma música para eles, e me incluiu, pois eu fiquei na sala fazendo borboletas de papel. Em um trecho da música ele diz: "a professora recorta borboletas de papel, num cortador esquisito, brinca de papai do céu, fazendo borboletas de papel..."
Como gostaria às vezes, de ter o poder do "papai do céu" para poder tirar não somente as minhas angústias, mas dos meus alunos, dos alunos, amigos e familiares destas colegas que nesta triste semana perderam a vida... Como seria bom se tivéssemos o poder de tirar a tristeza do coração das pessoas... Mas ao mesmo tempo, creio que tudo tem a sua hora, nada acontece por acaso ou sem um porquê...


sábado, 5 de agosto de 2017

Primeira visita do Conselho Municipal de Educação no Anexo CIEP

São 4h da manhã, e eu perdi o sono mais uma vez...
Esta semana foi uma das mais difíceis desde que assumi as turmas no Anexo CIEP. Três colegas muito queridas perderam seus contratos, e apesar de nós concursadas e desdobradas continuarmos no anexo, sentimos muita a falta delas... É como se nós mesmas estivéssemos perdido o nosso emprego.
Além disso, ontem recebemos a primeira visita do Conselho Municipal de Educação, e a nossa orientadora educacional, estava em uma reunião na SMEC, assim como o supervisor. As componentes do conselho adentraram a minha sala por volta das 14:30h, sem me pedir licença foram perguntando de qual escola eu era e para quais escolas trabalhava. Meus alunos estavam brincando com seus brinquedos, pois era sexta-feira (dia do brinquedo), haviam acabado de sair da aula de música e eu estava fazendo a minha chamada do mês, que havia acabado de receber. Conversei com elas, explicando que era concursada 20 h e estava desdobrada mais 20h. Elas perguntaram a quantidade de alunos que eu tinha e eu disse que tinha 23 alunos em cada turma, então perguntaram se eu tinha alunos misturados de escolas diferentes na mesma turma e eu respondi que não sabia, pois estas informações só teriam com a pessoa que fica conosco sempre (a orientadora educacional). Elas observaram um pouco a sala e saíram em direção a sala multiuso.
Quando cheguei para tomar café, elas estavam mexendo em tudo, cadernos de chamada, computador, fichas dos alunos, livros pontos...
Confesso que até a fome perdi, pois apesar de não ter nada a temer, elas nos deixaram constrangidos, mexendo em tudo sem a pessoa que fica lá direto orientar, se isto é correto ou não não sei.
Dentre todos os acontecimentos da tarde, chamaram a nossa orientadora e a diretora da escola onde está localizado o anexo (CIEP) para uma reunião, e acreditem ou não, mas depois de todos os desafios que enfrentamos desde o início do ano, agora corremos o risco de ter que sair do Anexo, pois segundo elas têm muitas coisas irregulares.
E você que está lendo esta postagem agora sabe por que eu perdi o sono. Por que como uma colega que saiu esta semana nos falou: Nosso trabalho é com crianças, não mexemos com papéis, se fosse com papéis seria tudo mais fácil!
E acredito nisto fielmente, uma vez que fico pensando nestes alunos, que em menos de uma semana perderam as professoras que estavam com eles desde o início do ano, e agora estão correndo o risco de ter que trocar de escola...
Minhas duas turmas de Pré A continuam comigo, mas me preocupo muito com eles também, que querendo ou não possuem uma rotina dentro da escola e se tiverem que trocar de escola agora, como vai ser? Será que vou com eles? Será que o Conselho Municipal de Educação não teria que ter feito esta visita no início do ano, onde nós como professoras fazíamos milagres, num local quase sem recursos...
É com lágrimas nos olhos mais uma vez, que encerro está postagem... Pensando no que será dos nossos alunos... O que será dos meus colegas... O que será de mim se assim como as minhas colegas, tiver que deixar meus aluninhos e voltar para a EMEI Vovó Jura, onde estou lotada...

quarta-feira, 12 de julho de 2017

A união faz a Força

Como mencionei inúmeras vezes aqui, neste ano decidi enfrentar um novo desafio, sair do conforto da escola e trabalhar em um anexo das escolas infantis do municipio dentro de uma escola estadual.
A equipe foi formada por alguns concursados, desdobrados e outros contratados, e percebi desde o inicio que havia uma certa rachadura que não deixava o grupo ser unido.
Durante esta semana estamos fazendo atividades diversificadas pré-recesso, e hoje encenamos a história O Sanduiche da Dona Maricota, e foi uma experiência muito boa, pois além de divertir as crianças e envolvê-las na prática da alimentação saudável, conseguimos unir o grupo em prol as crianças.
Acredito que se esta união estiver voltada para a busca dos nossos direitos, acontecerá uma possível escola democrática.




quarta-feira, 5 de julho de 2017

Tempo X Faculdade X Vida

Chegamos ao final de mais um semestre, e a promessa que fiz nos inicio deste, mais uma vez não consegui cumprir: Fazer as atividades e postagens no blog em dia!
Trabalhar 40 horas, dar conta da casa, de pais que precisam de maior atenção devido a idade, planejamento e ainda fazer as atividades em dia não é nada fácil.
Hoje faço esta postagem, não como desculpa, ou para tentar diminuir a minha culpa, mas sim para fazer uma reflexão sobre o que estou fazendo de errado, pois já se passaram cinco semestres e a cada semestre me vejo mais envolvida e ao mesmo tempo mais enrolada. Envolvida com o conhecimento, amo aprender, e a cada aprendizagem cada conhecimento que adquiro vejo que me abrem novos caminhos e possibilidades. Mas ao mesmo tempo o que ganho trabalhando 20h não é suficiente para acabar a minha casa, para pagar as minhas contas, e assim me sinto enrolada, sem muitas vezes conseguir aproveitar melhor o que aprendo, sem conseguir formar a teia de conhecimentos com as minhas colegas. 
Enfim, mais uma vez prometo que tentarei deixar o cansaço, frustações e insatisfações de lado quando estiver em casa e fazer os meus deveres em dia.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Democratização na Escola: Sonho ou Realidade

 Após tanto ler sobre democratização na escola me peguei pensando sobre a realidade que vivencio. No município onde trabalho os cargos de direção ainda são ocupados por indicação da prefeitura. Em algumas escolas, os gestores já estão abrindo a escola para a democracia, perguntando as opiniões dos professores e funcionários nas decisões relacionadas a escola. Porém em sua grande maioria vejo escolas com Gestões Técnico-Científicas, onde as ordens vêm de cima e ninguém pode opinar, apenas obedecer.
Atualmente trabalho em uma escola diferenciada, e vivo na pele este modelo de gestão Técnico-cientifíca, e lá acredito que não há possibilidades de fazermos acontecer uma democracia de verdade.
Mas acredito que sim, uma escola democrática é possível, pois existem outros municipios da região, que já fazem a escolha dos diretores por voto e a comunidade escolar possui voz ativa.
Percebi isto na escola onde fiz a entrevista com o presidente do conselho escolar. Localizada aqui no município onde resido (Tramandaí), pelo que a presidente me falou, a democracia caminha a passos largos. Agora cabe a nós, como escola, sairmos da nossa zona de conforto e lutarmos pelos nossos direitos.

domingo, 2 de julho de 2017

Avaliação na Educação Infantil

Chegamos a mais um final de semestre, e assim como na faculdade chegou a hora de fazer as avaliações na escola. Mas como funciona este processo na Educação Infantil? Podemos fazer Provas? 
Assistindo ao vídeo da professora Jussara Hoffman, pude refletir sobre como avalio os meus alunos.
Atualmente tenho duas turmas de pré escola, com 24 alunos em cada, e quando chega ao final de cada semestre fico pensando em cada aluno no decorrer do semestre, como se comportou em frente as indagações, como está evoluindo diante dos conteúdos programáticos, mas ao mesmo tempo fico pensando como cada criança está se desenvolvendo, fisica e psicologicamente e ao assistir o vídeo, pude perceber que a avaliação na educação infantil está muito mais no toque, no afeto, em como a criança está reagindo.
A curiosidade é uma caracteristica nata dos meus pequenos, e saber aguçá-la também é um grande desafio para mim como professora.
Indagá-los para novas aprendizagens, observá-los e interagir com eles diariamente. Isto para mim é avaliar, não só a eles, não em um único momento, mas todos os dias, a cada atividade, brincadeira ou história que conto, eu avalio a eles e a mim também. A mim, por que se eles não reagirem bem as minhas propostas, alguma coisa eu estou fazendo errado e tenho que mudar, para o meu bem como profissional e para o bem dos meus alunos.
Então chega a hora de fazer o pré conselho, e como comprovar tudo que estamos escrevendo ali? Apenas o dia a dia de cada professor consegue comprovar, pois a avaliação na educação infantil está na observação, no toque, no olhar de cada aluno.

Conselho Municipal e Conselho Escolar

Por incrível que pareça, nunca havia escutado nada sobre Conselho Municipal de Educação, e acreditava que Conselho Escolar, eram os CPMs que hoje se chamam APMs (Associação de Pais e Mestres)
Ao assistir ao vídeo O OLHO DO CIDADÃO - CONSELHOS E CONTROLE SOCIAL (CGU), percebi que estava errada, então procurei saber com as minhas colegas se existia estes conselhos no nosso município, e descobri que o Conselho Municipal de Educação sempre existiu, mas na gestão Municipal anterior, ele era formado por participantes da base aliada do governo, então não fazia a devida fiscalização que devia fazer. Atualmente o Conselho Municipal está se reestruturando, mas não foi divulgado a sua organização, não sabemos como ele se formou nem quem o ocupa. Porém há uma semana atrás soube que os seus integrantes começaram a fazer visitas nas escolas. Ainda não apareceu ninguém onde trabalho, mas acredito que em breve aparecerão.
Quanto aos conselhos escolares, em Cidreira não existe em nenhuma escola um conselho escolar atuante, me informei com as colegas no ensino fundamental e nenhuma delas tem conhecimento em suas escolas.
Como trabalho em um anexo, não temos nem a Assossiação de Pais e Mestres, pois os alunos são oriundos de diversas escolas, muitas vezes na mesma turma existe aluno de mais duas escolas.

Politicas e Gestão na Educação

Confesso que nunca gostei muito de política, jamais passou pela minha cabeça ocupar qualquer cargo que envolvesse gestão da escola, pois eu gosto mesmo é da sala de aula, sempre digo: "É o meu Chão!!! Onde me sinto em casa e a vontade!!"
Até começar a estudar Gestão escolar... A interdisciplina me desacomodou, me mostrou quantos direitos temos que não são colocados em prática, e o quanto a gestão escolar influência na sala de aula.
Atualmente, trabalhando em uma anexo escolar, percebo o quanto faz falta uma boa gestão dentro da escola, uma equipe diretiva que una a comunidade escolar e traga a família para dentro da escola.
Segundo Freitas (1989) sitado por Libâneo (pag 12):
"É fundamental levar-se em conta que a divisão do trabalho, característica da sociedade capitalista, também atinge a escola. Muito embora com feições próprias, o aprofundamento do trabalho na escola, sob a inspiração tecnicista, aumentou o controle exercido sobre professores e alunos, ampliação a ação de um conjunto de especialistas (nos gabinetes e na própria escola). (...) A introdução do gerenciamento científico na escola, nos moldes já utilizados com sucesso na indústria, baseou-se nas mesmas premissas: separação do processo de trabalho do trabalhador, separação entre a concepção de trabalho e sua realização e uso do monopólio do conhecimento no processo de trabalho, para controle do trabalhador. Neste sentido, a profissão de professor, como todas as outras, teve seu grau de desqualificação amplificado, ao mesmo tempo em que o professor era submetido, como todo assalariado, a um processo de empobrecimento acelerado." (Freitas, 1989)
Assim estamos sendo levados por anos, em um mundo capitalista, onde não procura-se os direitos, e muitas vezes nem ao menos os conhecemos,
Libâneo nos fala logo abaixo:
"O que se estava criticando era a divisão das tarefas de escolarização entre os profissionais da educação (administrador escolar, supervisor escolar, orientador educacional e inspetor escolar), deixando aos professores as tarefas de execução do ensino. Com isso, se expropriava o saber e as competências dos professores, retirava sua compreensão do seu processo de trabalho como um todo, bem como de sua condução. A solução seria eliminar a presença desses profissionais já que sua presença na escola fragmenta o processo de escolarização, expropria o saber e a competência dos professores, separa o que pensa, decide e planeja daquele que executa."
É essencial sabermos não somente fazer o nosso papel em sala de aula, mas irmos além, identificar e conhecer as tarefas e deveres dos gestores é de suma importância para que possamos buscar os nossos direitos e melhorar a qualidade das aulas na sala de aula.
 Texto: Concepções de gestão e organização escolar.

Colocando os projetos de aprendizagem em prática

Neste semestre tivemos a oportunidade de fazer acontecer os projetos de aprendizagens em sala de aula. Confesso que acreditei no inicio que seria mais fácil, que teria apoio dos pais, que a escola e o município me amparariam neste processo. Porém na prática não foi isto que aconteceu. 
Com está prática, pude perceber que os pais tem cada vez menos tempo para os seus filhos, o município por sua vez, impõe regras para as saídas de campo, a educação e o incentivo para novos saberes acaba sempre caindo sobre os "ombros" dos professores. 
A cada meta que eu lançava, deixava meus alunos curiosos e com muita vontade de descobrir como os peixes respiram embaixo da água, mas no dia seguinte a grande maioria chegava decepcionada por que o pai ou a mãe não teve tempo de ler a agenda, e ajudar a criança a envolver-se no conhecimento.
No texto Transgressão e mudança na Educação, Hernandez afirma que:
"O que me interessou não foi comprovar que era possível organizar um currículo escolar não por disciplinas acadêmicas, mas por temas e problemas nos quais os estudantes se sentissem envolvidos, aprendessem a pesquisar (no sentido de propor uma pergunta problemática, procurar fontes de informação que oferecessem possíveis respostas), para depois aprender a selecioná-las, ordená-las, interpretá-las, e tornar público e processo seguido." (pag. 19)
Como trabalho nos dois turnos com Pré escola, a colaboração dos pais foi fundamental para a resolução da questão. Acredito que por ser uma escola Anexo, que não chame a comunidade para dentro da escola, isto se tornou mais dificultoso, e me entristeceu bastante, quando perguntava para os alunos o que eles haviam aprendido de diferente sobre o tema que tanto queriam saber e apenas um ou dois falavam que tinham assistido vídeos ou observado os peixes. Então para não deixar o restante da turma sem aprender, coube a mim trazer uma professora de biologia para explicar para eles o processo de respiração dos peixes, e juntos também assistimos a diversos vídeos explicativos lúdicos.
Acredito sem que os projetos de aprendizagens são possíveis, mas na educação infantil, onde os alunos dependem de outras pessoas para realizar as pesquisas isto se torna um pouco mais difícil.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Analisando as minhas postagens antigas

Analisando as minhas postagens do primeiro e segundo semestre percebi o quanto escrevo, mas nem sempre quantidade é qualidade. Nestes semestres eu estava trabalhando apenas 20h e me sobrava mais tempo para escrever, então toda a atividade que eu fazia eu postava aqui, porém, em sua grande maioria, estava penas descrevendo o que havia feito, tipo, como foi entrar no moodle, conhecer o PB Works... Mas acredito que foram estas postagens que me ajudaram (e muito) a escrever como escrevo hoje. Não que a minha escrita seja perfeita, mas acredito que é escrevendo e refletindo sobre o que escrevemos que aprendemos a escrever.
Segundo Alarcão:
"Pressupondo um distanciamento que permite uma representação mental do objecto de análise, a reflexão é, no dizer do grande filósofo educacional americano John Dewey (\933), uma forma especializada de pensar Implica uma prescrutação activa, voluntária, persistente e rigorosa daquilo em que se julga acreditar ou daquilo que habitualmente se pratica, evidencia os motivos que justificam as nossas acções ou convicções e ilumina as consequências a que elas conduzem. Eu diria que ser-se reflexivo é ter a capacidade de utilizar o pensamento como atribuidor de sentido."
Ser reflexivo é desconstruir-se constantemente, o que para mim nos primeiros semestres estava ótimo, hoje já não está mais, pois posso afirmar que nem de perto sou aquela mesma aluna que os frequentou, me construí e desconstruí inúmeras vezes e a cada texto que leio, a cada aprendizagem que vivencio, me reconstruo novamente, como aluna e principalmente como professora.

Relações Horizontais: Será possível no ambiente escolar?

Como escola, temos que parar de nos "classificar" por cargos, ou método de entrada, seja por concurso ou contrato. Acredito sim que as Relações Horizontais são possíveis e necessárias para a construção de uma escola democrática.
Segundo o artigo Projeto Politico Pedagógico e Regimento Escolar:
"... os primeiros (desejos) só alcançarão concretude (regras) quando consensualmente transformados em caminhos por onde passarão os diferentes segmentos da escola - configurando-se assim um pacto de convivência - e onde as regras só alcançarão sentido quando enraizadas num quadro teórico que as fertilize e lhes ofereça legitimidade." (pag. 5)
Ou seja, nada que é "imposto cria raiz", a escola tem que ser sim um espaço de discussão, mas também de comprometimento com causas e união, principalmente dos funcionários que a formam. 
Na EMEI em que trabalhei durante cinco anos, percebia que havia muito mais está união, juntos, professores e funcionários formávamos uma verdadeira Família, A Família EMEI Vovó Jura.
Dentre outras coisas, isto é o que mais me faz sentir saudades de lá, onde todos nós éramos tratados de maneira igual.
No anexo onde trabalho atualmente, durante estes 5 meses, passamos por vários percalços, e percebo que tivemos mais trabalho para superá-los por não possuir uma direção presente que una o grupo de trabalho e a comunidade escolar. Os pais não nos procuram para fazer críticas, indo direto a Secretaria de Educação, e nem sempre somos ouvidas para saber o que aconteceu. Acredito que se fosse uma escola em que houvesse uma gestão que unisse a comunidade escolar, isto não aconteceria, pois assim seriam possíveis as relações horizontais, onde cada um iria expor a sua opinião, levando em conta a sua realidade.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Gestão Democrática x Gestão Técnico-Cientifíca

Muito se ouve falar em Gestão Democrática, que a escola tem que promover a Democracia... Mas na prática, não é assim que funciona.
Somos frequentemente pressionados a estimular os alunos a buscarem seus direitos através da democracia, mas e nós como professores, fazemos isto?
No Município onde eu trabalho a maioria das escolas possuem gestões técnico-cientificas, porém algumas já estão se abrindo para a democracia, consultando a equipe de professores e funcionários em algumas situações. 
Como atualmente trabalho em um Anexo da Educação Infantil, que não está localizado dentro de uma escola, posso afirmar que a nossa gestão é totalmente técnico-científica, pois somos coordenadas diretamente pela Secretaria de Educação do Município. Não temos uma equipe diretiva atuante junto a escola, apenas uma Orientadora Educacional que recebe as ordens da Secretaria de educação e nos transmite.
Eu sou concursada, mas tenho desdobramento de mais 20h, e as demais colegas ou também estão na mesma situação que eu ou são contratadas. Isto faz com que a grande maioria não procure seus direitos.

LDBEN: Será a hora certa de mudar

Vendo o vídeo com a fala do professor Carlos Roberto Jamil Cury, pude refletir sobre o quanto a educação perdeu, no decorrer dos anos com as mudanças na LDB. A retrospectiva feita pelo professor apresenta um histórico esclarecedor sobre a Politica Educacional Brasileira, onde foram feitas 219 mudanças na lei, por decretos, sendo retirados muitos direitos que já haviam sido garantidos por lei.
Segundo o autor:
"Fazer uma nova LDB é abrir o campo para novos retrocessos, pois não temos força suficiente para entrarmos nesta disputa e recuperarmos pontos que foram perdidos ou estão esquecidos."
O cenário politico atual, não favorece o ganho de recursos para a educação, devido a grande crise que o nosso país passa e a conjuntura atual que o governa, não temos representantes dentro do governo que possam lutar pelos direitos já adquiridos por lei e até mesmo os que já foram perdidos.
Atualmente eu leciono em um anexo da Educação Infantil, dentro de um CIEP. O palestrante fala no inicio do vídeo sobre o Idealizador deste tipo de escola, Darci Ribeiro. Se hoje estivesse vivo, com certeza estaria muito triste, pois o seu legado (pelo menos onde trabalho) não está sendo tratado como deveria. Os Centros Integrados de Educação Pública, tinham como meta a Educação Integral, e hoje são na sua grande maioria (se não em sua totalidade) escolas comuns, com muito poucos recursos, praticamente abandonadas pelo estado.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Iniciando as leituras de gestão

Confesso que nunca estive tão atrasada com as atividades como estou agora... Creio que isto esteja acontecendo por as interdisciplinas que iniciaram no meio do semestre serem mais teóricas, exigindo muitas leituras.
Como hoje tive uma folga, decidi "arregaçar as mangas" e me dedicar aos estudos.
Lendo o texto Politicas Publicas e Gestão da Educação, um paragrafo em especial me chamou a atenção, segundo Peroni (pag.6):
"A questão passa a ser todos na escola com qualidade, mas que qualidade? Essa indagação remete ao debate acerca da função social da escola neste período particular do capitalismo, de tantas mudanças no contexto sócio político e econômico. O debate diz respeito ao acesso não apenas à vaga na escola, mas ao conhecimento. Vivemos em período de muita informação, com fácil acesso a notícias, via internet, TVs, jornais, mas para entendê-las necessitamos ter acesso à linguagem específica de cada uma das áreas, aos conceitos; e ainda precisamos abstrair, relacionar, para entender e poder posicionarse frente ao mundo. A própria reestruturação produtiva exige um outro trabalhador, com capacidade de raciocinar, resolver problemas, trabalhar em equipe, dar respostas muito rápidas, como vimos em relatórios como o SCAM 2000, que pensava como deveriam ser as escolas no ano 2000 nos EUA para dar respostas ao setor produtivo, ou o próprio relatório Delors (UNESCO). Quer dizer, a função social da escola é proposta por alguns organismos internacionais e pelo empresariado, que esperam que as escolas apenas respondam ao setor produtivo, um retorno à teoria do capital humano. Outros, como o Banco Mundial (1995), que evitem o caos social retirando as crianças das ruas. E para nós, qual é a função social da escola? A resposta a esta pergunta nos dará pistas para responder à pergunta anterior sobre que qualidade."
Atualmente estou trabalhando em um Anexo da Educação Infantil, dentro de uma Escola Estadual. Devido ao grande número de alunos matriculados na gestão anterior, não havia espaço para estas crianças nas escolas municipais que atendem este público.
Foram abertas oito turmas de Pré escola (sendo 4 de pré A e 4 de Pré B). No dia 20 de fevereiro assumimos as turmas (cada uma com quase 30 alunos matriculados) porém com o minímo de material pedagógico, assim sendo quase impossível fazer um bom trabalho. Onde fica a qualidade na educação?

Criando a "Teia" de Aprendizagens

Nossa ultima aula foi à distância, e por problemas de conexão não consegui participar na hora, mas fiz questão de fazer as atividades propostas posteriormente.
A proposta era comentar três blogs, de colegas que já publicaram neste semestre, eu comentei cinco.
Esta Teia de aprendizagens é muito proveitosa, é uma pena que chegando ao final do nosso 5º Semestre, ainda não conseguimos fazê-la funcionar.
Eu que tanto gosto de escrever e postar minhas aprendizagens, neste semestre não consegui deixar minhas postagens em dia. Acredito que isto tenha se dado, pelas interdisciplinas serem mais teóricas e menos práticas.
Prometo que irei me esforçar e fazer mais postagens ainda esta semana, assim como acabar meus estudos de duas interdisciplinas que começaram mais tarde e acabei não conseguindo acompanhar.

sábado, 3 de junho de 2017

Aprendendo um pouco mais sobre a Psicologia na Vida Adulta

Dentre todos os trabalhos apresentados, o que mais me chamou a atenção foi o que tratava das fases da vida adulta. 
Me identifiquei demais com os exemplos que as colegas mostraram:
Na Adolescência: Onde achamos que somos donos da verdade, muitas vezes rebeldes sem causa.
Fase adulta: Onde adquirimos maiores responsabilidades e formamos uma familia.
Velhice: Fase onde se encontram os meus pais. Quando a colega Ana entrou caracterizada como uma velhinha debilitada e abandonada pelos filhos, logo me veio a mente os meus pais. 
Os dois vivem sozinhos em sua casa, pois não aceitaram que eu construisse no pátio deles, uma vez que tenho mais 4 irmãos e eles sempre me diziam que a casa não era herança só minha que eu tinha que adquirir algo que fosse só meu. Hoje moro na minha casa, que fica longe da casa deles e nem sempre tenho tempo de dar a devida atenção que eles merecem. É muito difícil para eles aceitarem que os filhos tem vida própria, e nós temos que nos virar para dar atenção para eles.
Quando vi a colega falando que estava abandonada pelos filhos, logo pensei neles, pois apesar de vê-los todos os dias sei que não dou a devida atenção que um casal de 76 anos (minha mãe) e 81 Anos (meu pai) necessitam, e me vejo sempre correndo... Correndo atrás das contas para pagar, atrás das atividades da faculdade atrasadas, correndo atrás do planejamento das minhas aulas, e muitas vezes me vejo passando correndo pela casa deles, sem ter tempo para dar a atenção e carimho que eles merecem.

domingo, 14 de maio de 2017

Ansiedade na vida Adulta

Iniciando a interdisciplina Psicologia na Vida Adulta, nos foi proposto que construíssemos uma pesquisa relacionado a um tema relacionado a interdisciplina que fossse de nosso interesse. Logo me veio a cabeça a Ansiedade, pois na minha vida ela se tornou um grande problema, chegando a me travar em muitos momentos da minha vida.
Sempre tive o sonho de ser mãe e já passei por diversos tratamentos para engravidar, sem obter sucesso. Sofro da síndrome dos Ovários Policísticos, e todos os médicos que fui sempre me falaram que teria mais dificuldades para realizar este sonho, mas que não é impossível.
Acredito que a ansiedade me prejudica muito nisto, pois a cada tratamento que faço, crio muitas expectativas e fico muito ansiosa. 
Ter a oportunidade de estudar a ansiedade está sendo de grande vália, pois através dos estudos, estou tendo a oportunidade de aprender a lidar melhor com este problema. 
 Segundo o pscólogo Roberto Debski:
"A ansiedade é crescente na modernidade, em um mundo em que as coisas são muito superficiais, muito rápidas e com muita quantidade de informação”, sinaliza o psicólogo. Não há como acompanhar, fazer e resolver tudo. Mas, nesse turbilhão de tarefas a fazer, algumas pessoas perdem a noção do presente e ficam paralisadas diante de expectativas negativas."
Com o passar do tempo tenho aprendido a lidar com estas expectativas, aprendendo a viver o presente, aproveitando ao máximo para que não sofra com o excesso de futuro.

Iniciando os projetos de aprendizagens com os alunos

Quando tivemos o primeiro contato com os projetos de aprendizagens no ano passado, pude perceber que não seria uma tarefa fácil a ser aplicada com os meus alunos. No inicio deste semestre, após termos a primeira aula presencial da interdisciplina Projeto Pedagógico em Ação, pude perceber que poderia ter mais dificuldades, mas não seria impossível de fazer, uma vez que a curiosidade é o que comanda este tipo de trabalho, e curiosidade é o que não falta nos meus pequenos.
Um dia após a aula inicial, já comecei a indagar os interesses dos meus alunos da turma em que trabalho pela manhã (Pré A), e descobri que a grande maioria, era apaixonada pela praia. Então comecei a indagar o que podíamos aprender sobre a praia, e pedi que eles fizessem um desenho sobre o que gostariam de aprender, e para a minha surpresa surgiu a Questão: Como os peixes respiram embaixo da água? 
Então me pequei pensando, como poderia encaixar os meus conteúdos dentro desta questão. Lendo o  autor Antoni Zabala Vidiellas percebi  que as relações e a forma de vincular os diferentes conteúdos de aprendizagem de uma unidade didática é o que denominamos organização de conteúdos, esses conteúdos geralmente são apresentados separadamente em aula, porém possuem mais potencialidade de uso e de compreensão quando são relacionados entre si.
Assim sendo, acredito que os meus conteúdos terão mais significado dentro do projeto de aprendizagem.

Professores Reflexivos

Desde que entrei no PEAD, reconheço-me como uma profissional muito mais reflexiva, pois tudo que estudo, leio e aprendo, reflito e coloco em prática. Isto é essencial para formarmos cidadãos pensantes que interajam na sociedade. Segundo Alarcão, p.3:
“[...]baseia-se na vontade, no pensamento, em atitudes de questionamento e curiosidade, na busca da verdade e da justiça. Sendo um processo simultaneamente lógico e psicológico, combina a racionalidade da lógica investigativa com a irracionalidade inerente à intuição e à paixão do sujeito pensante; une cognição e afetividade num ato específico, próprio do ser humano.”
A reflexão é um movimento natural na aprendizagem, e é nosso dever como professores formarmos seres reflexivos, indagando-os sobre as aprendizagens, não deixando que eles se contentem com pouco conhecimento.
Atualmente trabalho com duas turma de Pré A, e vejo o quanto a reflexão está no instinto das crianças, muitas vezes eu aponto assuntos e indago-os aguçando a curiosidade, e eles me devolvem com reflexões vividas por eles, nem sempre estão dentro do assunto principal, mas sempre são válidas como conhecimento.

domingo, 16 de abril de 2017

Iniciando o Semestre V

Então chegamos na metade do nosso curso. Já podemos ver a ponta do canudo, mas o mais importante é que mudamos muito, como professores e como alunos.
O vídeo a seguir, não lembro se vi em alguma aula, ou se vi somente nas redes sociais mesmo, mas me marcou profundamente, e por isto decidi compartilhar aqui.
Nesta nossa caminhada, aprendi muitas coisas que tenho posto em prática diariamente em sala de aula. Atualmente estou lecionando para duas turmas de Pré A, e posso afirmar que uma é totalmente diferente da outra, pois são formadas por seres humanos diferentes. Se um médico não pode administrar o mesmo medicamento para todos os seus pacientes, nós  como professores temos que saber nos adequar a cada indivíduo. Isto eu tenho percebido nas minhas turmas, muitas vezes proponho atividades para os meus alunos da manhã, e dá super certo, mas com os alunos da tarde não funciona, pois são seres diferentes e reagem de formas diferentes.