Confesso que nunca gostei muito de política, jamais passou pela minha cabeça ocupar qualquer cargo que envolvesse gestão da escola, pois eu gosto mesmo é da sala de aula, sempre digo: "É o meu Chão!!! Onde me sinto em casa e a vontade!!"
Até começar a estudar Gestão escolar... A interdisciplina me desacomodou, me mostrou quantos direitos temos que não são colocados em prática, e o quanto a gestão escolar influência na sala de aula.
Atualmente, trabalhando em uma anexo escolar, percebo o quanto faz falta uma boa gestão dentro da escola, uma equipe diretiva que una a comunidade escolar e traga a família para dentro da escola.
Segundo Freitas (1989) sitado por Libâneo (pag 12):
"É fundamental levar-se em conta que a divisão do trabalho, característica da sociedade
capitalista, também atinge a escola. Muito embora com feições próprias, o
aprofundamento do trabalho na escola, sob a inspiração tecnicista, aumentou o controle
exercido sobre professores e alunos, ampliação a ação de um conjunto de especialistas
(nos gabinetes e na própria escola). (...) A introdução do gerenciamento científico na
escola, nos moldes já utilizados com sucesso na indústria, baseou-se nas mesmas
premissas: separação do processo de trabalho do trabalhador, separação entre a
concepção de trabalho e sua realização e uso do monopólio do conhecimento no
processo de trabalho, para controle do trabalhador. Neste sentido, a profissão de professor, como todas as outras, teve seu grau de desqualificação amplificado, ao
mesmo tempo em que o professor era submetido, como todo assalariado, a um processo
de empobrecimento acelerado." (Freitas, 1989)
Assim estamos sendo levados por anos, em um mundo capitalista, onde não procura-se os direitos, e muitas vezes nem ao menos os conhecemos,
Libâneo nos fala logo abaixo:
"O que se estava criticando era a divisão das tarefas de escolarização entre os
profissionais da educação (administrador escolar, supervisor escolar, orientador
educacional e inspetor escolar), deixando aos professores as tarefas de execução do
ensino. Com isso, se expropriava o saber e as competências dos professores, retirava sua
compreensão do seu processo de trabalho como um todo, bem como de sua condução. A
solução seria eliminar a presença desses profissionais já que sua presença na escola
fragmenta o processo de escolarização, expropria o saber e a competência dos
professores, separa o que pensa, decide e planeja daquele que executa."
É essencial sabermos não somente fazer o nosso papel em sala de aula, mas irmos além, identificar e conhecer as tarefas e deveres dos gestores é de suma importância para que possamos buscar os nossos direitos e melhorar a qualidade das aulas na sala de aula.
Texto: Concepções de gestão e organização escolar.
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