quinta-feira, 16 de novembro de 2017

À Sombra desta Mangueira: Quebrando os Préconceitos com a Filosofia

Confesso que demorei muito a começar as atividades neste semestre. Trabalhar 40 horas, dar conta da casa e da faculdade não é fácil, mas na verdade eu tinha um certo "pré-conceito", principalmente com a interdisciplina de Filosofia, pois há muitos anos atrás quando fiz um semestre de pedagogia em outra faculdade, o professor de filosofia me traumatizou... Mas quando comecei a fazer as atividades da interdisciplina, percebi que a interdisciplina não era nem um pouco parecida com o que eu tinha estudado em outra faculdade.
Estudando o Texto À sombra desta Mangueira, juntamente com a professora Larissa, me dei por conta: "Porquê não comecei a fazer as atividades antes???"
Segundo Paulo Freire (2000, pag 75):
"Para que a finitude, que implica processo, reclame educação, é preciso que o ser nela envolvido se torne consciente. A consciência do inacabamento torna o ser educável. O inacabamento sem a consciência dele engendra o adestramento e o cultivo. Animais são educados, plantas são cultivadas, homens e mulheres se educam."
O grande mestre nos faz pensar o porquê que buscamos o conhecimento, e chegamos juntos à conclusão de que buscamos o conhecimento por que temos a consciência do finito, ou seja consciência da morte.
Outro trecho me chamou muito a atenção no texto também que é onde Freire fala sobre a curiosidade (2000, pag 76):
"Sem a curiosidade que nos torna seres em permanente disponibilidade à indagação, seres da pergunta - bem feita ou mal fundada, não importa - não haveria a atividade gnosiológica, expressão concreta da nossa possibilidade de conhecer."
Desde o primeiro semestre sempre me descrevi como uma pessoa curiosa, por vezes na vida achei que fosse um defeito, mas percebo junto com Freire que está é uma qualidade do ser humano. Assim como meus pequenos alunos, que me enchem de perguntas todos os dias, somos seres curiosos por natureza, e é graças a está curiosidade toda que a humanidade evoluiu. 
Agora me pego pensando, se eu não tivesse a curiosidade em aprender, de entrar de cabeça na Pedagogia da UFRGS, se tivesse desistido mesmo antes de entrar, ou pior se estivesse deixado a curiosidade de lado e não tivesse entrado de corpo e alma "À Sombra da Mangueira", o que teria sido de mim? Com certeza estaria parada no "trauma" que o outro professor colocou na minha cabeça.
Então fico pensando novamente na importância de termos bons professores que nos encantem com os conteúdos assim como a Professora Larissa, e também na importância de colocarmos isto em prática com os nossos pequenos, fazendo com que eles acreditem na suas capacidades e nunca podando as suas curiosidades.

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