terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O Ensino de Ciências na Educação Infantil

O ensino de Ciências começa desde muito cedo.

Segundo Russel:

"O ensino de ciências pode propiciar o contato com a diversidade de formas de vida e de ambientes, bem como com as necessidades e condições necessárias à sobrevivência das diferentes espécies de seres vivos, procurando-se incluir a espécie humana entre as demais espécies e superar visões utilitaristas e antropocêntricas de natureza. Isto é, olhar para os seres vivos procurando ver suas estratégias de sobrevivência ao invés de considerá-los em função dos interesses e valores da espécie humana. O ensino precisa superar classificações simplistas de elementos da natureza como úteis ou nocivos aos seres humanos, ou como recursos naturais a serem explorados." (Russel, 1997, pag.2)

Desde o berçário, os alunos começam a ter noções de higiene junto com as professoras e auxiliares. E é através de lúdico que isto se consolida.

Muitas vezes vejo as meninas brincando de bonecas de 1 ano e meio, brincando com as bonecas e limpando o bumbum, pois a nenê fez cocô, assim como nós higienizamos elas.

Nunca imaginei, que a ludicidade, estivesse tão ligada às Ciências. Sempre trabalhei com o maternal 2 usando a caixa surpresa para despertar a curiosidade deles, mas sempre falava para eles: será que é um bicho? será que morde? olha o barulho que faz... Assim sendo, sempre trabalhei ciências, mesmo sem saber.

Na foto abaixo, estamos com o Dentista do PSF Dunas e suas enfermeiras.


O dentista nos visita uma vez por semana, e a escovação é feita durante todos os dias, com as professoras e auxiliares.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Experimentação como forma de aprendizagem

A experimentação e a curiosidade andam de mãos dadas na educação infantil. Quantas vezes quase perdemos a paciência com tantos "porquês"? Profª. mas porquê? 
Um trecho do vídeo O ensino de Ciências do 1º ao 5º Ano, me chamou muito a atenção, onde a professora entrevistada diz:
"O interesse da criança faz o nosso trabalho e não o contrário."
Estamos em sala de aula para guiar os alunos nesta busca pelo conhecimento, fazendo com que, através da curiosidade o aluno busque o conhecimento, nos assuntos de seu interesse. Está é a nossa função.
Quantas vezes falamos para os alunos não mexerem em certos objetos, e eles vão lá e mexem. Mexem por que a curiosidade é maior, a vontade de experimentar aquilo que não pode. E como educadores não podemos podar esta curiosidade, mas devemos sim mostrar o porquê não pode mexer, o que vai acontecer, dando acesso ao aluno "experimentar" com a supervisão do professor.
Nesta mesma atividade, outro vídeo me chamou a atenção, o que fala sobre Noção de espaço na Educação Infantil. Eu não frequentei a educação infantil, entrei direto na primeira série, e hoje eu vejo como isto fez falta na minha vida. Sou péssima em lateralidade, para saber qual a mão é a direita, tenho que usar um anel diferente, e só aprendi os pontos cardeais quando tive que ensinar para os meus alunos no estágio do magistério. 
Por isto, procuro sempre trabalhar muito isto nos meus alunos, através de brincadeiras e desenhos, onde eles se localizam no ambiente e no meio em que vivem.

Construção de um Portfólio

Quando vi o título da atividade, não tive dúvidas sobre o qual seria o meu tema: Vou escrever sobre a escola do meu coração - A Escola de Educação Infantil Vovó Jura.
Foi então que bati de frente num grande desafio: A falta de material escrito sobre a escola.
Segundo o texto Ser professor é ser Pesquisador de Fernando Becker e Tânia B. Marques:
" O professor que não reduziu sua função às realizações de uma máquina de ensinar ou aos procedimentos burocratizados de um “ensinador”, constrói e, sobretudo, reconstrói conhecimentos. É o que faz um pesquisador, pois um conhecimento nunca inicia do zero e  nunca é levado a termo de forma definitiva. Ele assim procede não para ser pesquisador, mas para ser plenamente professor. Nesse sentido, pesquisar faz parte da função docente. Faz parte da nova concepção de professor."
Então coloquei meu lado pesquisadora em ação, mobilizando colegas, pais e até mesmo os alunos na busca de informações.Foi quando lembrei da época em que eu fui chamada para assumir o meu concurso e coloquei no google EMEI Vovó Jura Cidreira RS, e apareceu um vídeo que uma colega minha havia postado no youtube.

Pedi autorização da colega para usar o vídeo e logo em seguida pedi fotos antigas para ela.
Certo dia, estava conversando com as minhas atendentes sobre a dificuldade de conseguir material, e então, elas começaram a me contar a história da EMEI e de sua fundadora, a Dona Juraci, e foi quando me surpreendi com as informações delas. A Mariazinha (minha auxiliar mais antiga) havia trabalhado na primeira EMEI, e a Elenita, teve um filho nesta primeira escola.
Nesta primeira conversa elas já desconstruiram a minha certeza inicial: Sempre achei qie a Vovó Jura fosse a fundadora da escola e que esta já tinha sido fundada com este nome, mas descobri que não, na verdade a primeira escola se chamava Arco-íris e era dirigida pela então presidente do LBA (Legião Brasileira de Assistência), que mantinha a Creche com o suporte alimentício e de higiene e a prefeitura sedia o prédio e as funcionárias para trabalhar. Quando a LBA parou de dar assistência, a Vovó Jura assumiu as despesas e manteve a escola.
Depois a escola mudou de lugar e foi para o endereço que é hoje, mas o prédio era precário e então funcionou por um tempo em uma casa, e somente em 2011 a E.M.E.I. Vovó Jura foi reinaugurada.
Com a ajuda dos pais eu consegui uma foto da dona Juraci entregando o diploma do pré para uma aluna, e assim pude contar a história da escola do meu coração para os meus alunos.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Carpe Diem - Aproveite o dia

Sim são 4:18 da manhã de sexta para sábado, perdi o sono esperando o meu esposo chegar de um trabalho (ele é técnico de som e opera para algumas bandas da região). Liguei a televisão, (pois nesta semana aconteceu tudo o que podia acontecer, inclusive eu perder meu telefone, e não tinha como ligar para ele), e estava passando na televisão o filme Sociedade dos Poetas Mortos, e me peguei pensando sobre tudo que aconteceu durante está semana. Dentre estes acontecimentos, destaco a minha "despedida" do berçário 1.
Estou muito triste, pois amo cada bebê daqueles como se fosse meu, mas não podia prosseguir vendo coisas que eu não concordava, e então desisti do desdobramento. Não tenho vergonha de dizer que desisti, pois levei meus princípios até o fim, lutando para o bem estar daquelas crianças como se fossem meus filhos.
Mas voltando ao filme, uma das cenas iniciais mostra o pai de um dos alunos, cobrando que ele saia da redação do jornal da escola, pois devia dedicar-se integralmente aos estudos para que um dia se tornasse médico. Como já mencionei diversas vezes por aqui, ingressei no magistério para realizar o sonho dos meus pais em ter uma filha formada professora. Tenho viva na minha memória o dia em que minha mãe saiu muito cedo da manhã, para tentar conseguir uma vaga pra mim no curso de Magistério do Instituto Estadual de Educação Barão de Tramandaí. Meu pai, que na época trabalhava fazendo fretes de carroça, não dormiu até que minha mãe chegasse em casa, pois se ela não conseguisse uma vaga para mim na escola pública, teria que dar um jeito de pagar uma escola particular e naquela época não seria nada fácil, uma vez que eu trabalhava com a minha mãe num quiosque no verão, para ajudar meu pai a sustentar a casa no inverno.
Ao contrário do pai do filme que exigia que o filho seguisse a profissão de médico, meus pais nunca me forçaram a nada, queriam muito que eu saísse com uma profissão do segundo grau, mas respeitavam quando na época eu dizia que iria fazer faculdade de computação, pois desde pequena, eles se desdobraram para pagar cursos para mim, e aquilo se tornará uma paixão.
Como muitos sabem também, me descobri professora em sala de aula, e me apaixonei pela profissão no estágio final.
Hoje mais uma vez quero agradecer aos meus pais por terem este sonho, e por me ensinarem princípios indispensáveis na vida.
Desta semana tão conturbada, tiro a seguinte lição: Carpe Diem - Aproveite o dia! Aproveite cada dia da sua vida intensamente, assim como vivi cada segundo ao lado dos meus bebês. 
Em uma certa cena do filme, o ator Robin Willians, interpretando o professor inspirador do filme, diz: A vida só existe com sonhos. E concordo plenamente com isto, pois se não fosse o sonho dos meus pais não seria a profissional apaixonada que sou hoje.
Não sei se usarei esta postagem na minha síntese do semestre, mas precisava expressar os meus sentimentos ao assistir Sociedade dos Poetas Mortos (1989) pela segunda vez.
Referências:
SOCIEDADE dos poetas mortos. Direção Peter Weir. Produção: Steven Haft. Interprete: Robin Williams. Música: Maurice Jarre. Produzido por Buena Vista Home Entertainment; Tochstone Home Entertainment. DVD (129 min), Wisdescreen, son., color, NTSC, 1989.

domingo, 27 de novembro de 2016

Filme Doutor Estranho

Meu esposo e eu somos fãs de filmes de ação, e na ultima terça-feira, tivemos que ir em Porto alegre para a realização de alguns exames, e aproveitamos para assistir um filme que estávamos aguardando há muito tempo: DR. Estranho da Marvel.
Confesso que me identifiquei com o personagem principal do filme, não pela sua arrogância, mas sim pela curiosidade e a ânsia pela busca do conhecimento.
DR. Estranho como podemos ver no trailer é um filme de ficção, sem nenhum compromisso com a realidade, mas o PEAD fez com que tudo que eu vivencie relacione com a realidade e com os meus conhecimentos adquiridos.
Neste final de semana também ocorreu a formatura da minha irmã, no curso Técnico em Alimentação Escolar do polo de Santo Antônio da Patrulha. Foi muito emocionante, pois além de estar num momento especial dela, já comecei a sonhar com a minha formatura em Pedagogia pela UFRGS. E que orgulho de falar que eu faço este curso. Muito obrigada a cada um de vocês que fazem parte desta minha busca pelo conhecimento.

Gêmeos Identicos

No domingo passado assisti a seguinte reportagem no Programa Fantástico:
Tenho dois meninos que não são gêmeos idênticos, mas são muito unidos. Um deles é um tanto hiperativo, não para com nada, e o outro adora assistir filmes, porém tem uma certa dificuldade na fala. Sempre disse para as minhas auxiliares, que o menino que possui mais dificuldades só iria para frente, quando separassem os dois, e ambos estudassem em turmas diferentes. Após assistir esta reportagem, fiquei pensando, será que realmente é o melhor para os dois?
Apesar das semelhanças, somos indivíduos únicos no jeito de agir e pensar, e acredito que no caso dos meus alunos, a separação de sala de aula, não seria a melhor opção, uma vez que, um sempre ajuda o outro, tanto nas brincadeiras quanto nas dificuldades.

domingo, 13 de novembro de 2016

Classificação e seriação na Educação Infantil

Quando falamos em matemática, logo pensamos em números, formas, fórmulas... Nunca pensei que classificar objetos seria a iniciação da alfabetização pela matemática. E mais, nunca pensei que este simples exercício, favoreceria a iniciação científica nos alunos.
"A alfabetização matemática é um fenômeno que trata da compreensão, da interpretação e da comunicação dos conteúdos matemáticos ensinados na escola tidos como iniciais para a construção do conhecimento matemático. Ser alfabetizado em matemática, então, é compreender o que se lê e escrever o que se compreende a respeito das primeiras noções de lógica, de aritmética e geometria. Assim, a escrita e a leitura das primeiras ideias matemáticas podem fazer parte do contexto de alfabetização". (Danyluk, 1997, p. 12).
De nada adianta a criança saber escrever um número ou letra e não saber o seu significado. Por isto é tão importante que a alfabetização aconteça não só na leitura, mas também na matemática, fazendo com que os alunos compreendam o que escrevem.
Somos pesquisadores natos, pois a classificação está presente em nosso cotidiano, quando separamos roupas, brinquedos, sapatos... Este processo se inicia desde muito cedo na educação infantil. Percebo isto nos meus alunos de berçário 1, quando vamos guardar os brinquedos, os de maiores já separam as bolinhas em caixas e os brinquedos maiores nos armários. Acredito que é assim através dos exemplos que nós adultos damos, que eles se iniciarão e tomarão gosto pela ciência futuramente.
Referências:
DANYLUK, O. S. Alfabetização Matemática: a escrita da linguagem matemática no processo de alfabetiza- ção. Tese (Doutorado) – Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1997.
No texto Alfabetização matemática

A Matemática na rotina do Maternal 2

É incrível como a matemática está presente no nosso cotidiano. Sempre utilizei a matemática em sala de aula durante a rotina escolar, mesmo sem saber.
Quando os alunos estão guardando os brinquedos, separando-os de acordo com seu tipo (classificação), ou fazendo uma fila de acordo com os tamanhos do menor ao maior (seriação). Mesmo sem saber, eles estão praticando a matemática, e nem eu sabia disto.
Na nossa primeira aula da interdisciplina, jogamos Pif Paf com um baralho maia, e confesso que no inicio foi bastante difícil, mas ao mesmo tempo muito divertido. Para fazer os alunos se apaixonarem pela matemática temos que usar de recursos lúdicos, é nosso dever como educadores, mostrar que a matemática não é chata e sim divertida.
Tive professores maravilhosos de matemática, que fizeram com que me apaixonasse pela disciplina, mas também tive professores que fizeram com que eu odiasse a mesma.
Segundo o texto: Alfabetização matemática nas séries iniciais:
"A classificação é iniciada na educação infantil e retomada nas séries iniciais em níveis diferentes de abordagem. A partir dessa fase de escolarização entramos num processo de elaboração e reelaboração por parte do aluno, desde a captação intuitiva das ideias básicas e sua aplicação a situações problema, até em se tratando da utilização do pensamento lógico."
Por isto a educação infantil é tão importante para a construção da educação. É nela que vamos fazemos os alunos tomar gosto pelas disciplinas que irão conhecer profundamente nos níveis mais elevados da educação.
Referências:
ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS: O QUE É? COMO FAZER? Edvânia Mª da Silva Lourenço ¹, Vivian Tammy Baiochi¹, Alessandra Carvalho Teixeira
Revista da Universidade Ibirapuera - - Universidade Ibirapuera São Paulo, v. 4, p. 32-39, jul/dez. 2012 

domingo, 30 de outubro de 2016

Falta de presídios ou anos sem investimento na educação???

Um dia após a segunda aula presencial de Representação do Mundo pelos Estudos Socias, nosso estado presencia um episódio no mínimo lamentável: presos dormindo em viaturas por falta de presídios.
Conforme a reportagem do G1, os policiais militares que podiam estar fazendo a segurança das ruas, estavam guarnecendo as viaturas para que os presos não fugissem.
Acredito que isto é resultado de vários anos com pouco investimento na Educação. Durante a aula de terça-feira, o professor Dilmar iniciou a aula lendo um poema sobre a nova lei que tira Filosofia, Artes e Educação Física do Ensino Médio. Em vez de investirem mais na educação, estão cada vez deixando-a mais precária.
Fico pensando o que será do futuro dos meus alunos que hoje estão no Maternal 2 e no Berçário... Se chegarem ao ensino médio, se tornarão cidadãos menos propícios ao pensamento livre (já que não terão filosofia), serão pobres de artes visuais (sem artes) e provavelmente sedentários (pois não terão acesso a Educação Física). E assim me pego pensando, se hoje já faltam presídios, o que será do futuro dos nossos alunos, que na sua maioria vivem em periferias, presenciando tráfico, roubo e mortes em frente as suas casas, e o único acesso a Educação que encontram é na escola?
Com certeza terão que ter muita força de vontade de vencer na vida, e creio que está é uma das nossas missões, fazer com que os alunos desde o berçário amem o meio escolar, despertando o gosto pelo aprender desde cedo.

domingo, 23 de outubro de 2016

O Tempo e o Espaço na concepção escolar

O texto Questões sobre o tempo escolar, me fez repensar algumas aprendizagens dos semestres passados. Questões como a importância do recreio, enfatizada pela interdisciplina de Ludicidade no semestre passado, e como o Projeto Politico Pedagógico que estudamos no primeiro semestre, e a cada vez vejo mais clara a "rede de aprendizagens" do PEAD. Tudo isto influencia na aprendizagem do aluno, e como professores temos que estar sempre abertos a rever conceitos, pois o aluno tem o próprio tempo de aprender.
Infelizmente o tempo do aluno nem sempre é respeitado, pois como professores temos que dar conta de todos os conteúdos a serem desenvolvidos. Na Educação Infantil, isto é mais maleável (uma vez que temos bem menos conteúdos a trabalhar), mas ainda assim, somos "cobradas" a preencher a carga horária do aluno com "trabalhinhos", que os pais possam ver. 
Desde que assumi o concurso em Cidreira sempre dei aulas no turno da manhã. pela primeira vez estou desdobrada no turno da tarde, e a grande vantagem que eu vi nesta oportunidade é o contato com os pais. Quando chego na manhã, a maior parte dos meus alunos já estão na escola, e não consigo conversar com os pais. Já no período da tarde, antes de entregar o aluno, sempre converso com os pais, falo sobre o dia, se o aluno comeu, brincou, qual atividade fizemos... Acredito que esta é a grande vantagem de dar aula no turno da tarde, pela manhã, quando tenho a oportunidade de conversar com os pais é mais para falar sobre o comportamento dos filhos, e os responsáveis geralmente estão apressados para o serviço, dificilmente tenho a oportunidade de relatar o que vamos fazer durante a manhã, e só me intero da realidade das crianças por elas, através da conversa informal na rodinha.
Encerro esta postagem, com o trecho final do texto, que almejo para a nossa realidade escolar:
"O desafio é constituirmos a escola num outro tempo, num tempo da Atualidade, onde o foco no presente nos faria viver cada momento como um acontecimento, sem pretensões de somar o número de aprendizagens para quantificá-la ao final do ano letivo, onde a vivência do processo educacional fosse prazerosa cotidianamente."

Referências: OLIVEIRA, Cristiane et al. Questões sobre o tempo no espaço escolar. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf> Acesso em 20 set. 2016.



Onde o tempo pedagógico envolva todas as formas de conhecimento para além do conteudismo. Um espaço onde se viva a alegria de aprender a cada momento.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Diferença em ver e olhar

Confesso que nunca havia parado para pensar na diferença entre o ver e o olhar. Olhar é muito fácil, apenas superficial, mas quando vemos, aprendemos com o objeto. Destaco o seguinte trecho do artigo de Castro Giovanni Costella:
"Como forma de afirmar a importância da construção do conhecimento, segundo Jean Piaget (2001), para a Geografia e para o processo de aprendizagem da linguagem cartográfica, nos baseamos na afirmação de que o conhecer não consiste no copiar o real, mas agir sobre ele e transformá-lo, de maneira a compreendê-lo em função dos sistemas de transformações aos quais estão ligadas estas ações. Para conhecer os fenômenos, o sujeito não se limita a descrevê-lo tal como aparecem, mas atua sobre os acontecimentos, de modo a dissociar os fatores, a fazê-los variar e assimilá-los a sistemas de transformações lógico-matemáticas (Piaget: 2001, 15)."
Quando li este trecho do artigo me veio a cabeça uma conversa sobre a praia que tive com os meus alunos do maternal 2, onde uma aluna havia apenas passado pela praia com os pais e outros haviam ido à praia e interagido bastante com ela. Ficou claro para mim que o aprendizado dos que brincaram na praia foi muito maior do que o aprendizado da menina que havia apenas passado pela praia.

Fonte: Castrogiovanni, A. C.; Costella, R. Z., 2012. Brincar e cartografar com os diferentes mundos geográficos: a alfabetização espacial. Porto Alegre: Edipucrs.  

15 de Outubro: Dia dos professores

No último sábado, comemoramos o dia dos Professores. E neste ano decidi comemorar de uma forma diferente. Descrevi um pouco da minha caminhada docente em uma rede social (facebook) agradecendo cada pessoa que fez parte dela, desde os meus pais, (pois como muitos sabem ingressei no magistério para realizar o sonho deles em ter uma filha professora),  passando por colegas de sala de aula, ex-alunos do estágio (que agora são meus amigos) escolas em que atuei, o ingresso no PEAD, tudo isto fez a professora que sou hoje, e tive a oportunidade de me emocionar com cada resposta a minha publicação, mas uma em especial me tirou lágrimas, era da professora que foi a titular no meu estágio e dizia o seguinte: - Querida Lucimar...minha estagiária inesquecível...teus pais tinham razão...tens o dom de encantar as crianças...Felicidades!
Foi por incentivo dos meus pais que ingressei no magistério, mas me descobri professora em sala de aula, pois é onde se faz um professor, ocupando o espaço na comunidade escolar e no coração das crianças.

domingo, 16 de outubro de 2016

Rubem Alves: O Professor dos Espantos

Nunca tinha tido a oportunidade de assistir o autor. Sempre li frases dele, alguns textos, mas nunca tinha o visto falar. Neste documentário pude me encantar com Rubem Alves.
Quando ouvia falar no escritor, logo pensava em uma pessoa bastante formal, superior, mas isto definitivamente não definia Rubem Alves. 
Pessoa alegre em compartilhar o conhecimento, e nem o mal de parkson o parou. 
Dentre todos os conhecimentos que ele partilha conosco neste documentário destaco o seguinte:
"Vivi muito tempo no mundo acadêmico. O Mundo acadêmico é um lugar perigoso, dá medo...É muito dificil viver na universidade e cultivar os próprios pensamentos. É muito mais seguro ficar moendo os pensamentos dos outros!"
Acho que este pensamento define o que estamos vivendo. Todos os dias somos instigados a pensar e viver novas experiências. Experiências estas que são revividas com os alunos, nos transformando todos os dias em seres pensantes. Em todas as atividades somos instigados a pensar e evoluir como professores, e assim somos estimulados a sair da "gaiola" e "alçar" vôos mais altos. 
Estes vôos eu tento fazer com que meus alunos alcem também. Um exemplo disto foi no ultimo dia 2
de outubro quando participei das eleições municipais como mesária, e fiz questão de levar o boletim de urna, no dia seguinte para que os meus alunos do maternal  2 manuseassem. A aula foi muito produtiva, pois perguntei para os alunos o porquê na noite anterior teve uma grande festa com carros buzinando e foguetes explodindo no céu e a maioria não sabia, mas fui instigando-os até que alguns falaram que tinham ido votar com os pais no dia anterior, então expliquei para eles que na maquina que os pais votaram saiu um papel como aquele, onde mostrava o candidato mais votado. A conversa rendeu uma votação e "elegemos" um prefeito e três vereadores na turma. Foi o primeiro contato que estes pequenos tiveram com a democracia, e pela primeira vez puderam votar e serem votados.

Lista de reprodução "Estante de Vídeos & Áudio-Livros" do canal Youtube CarlosAlbertoDidier.
RUBEM Azevedo ALVES (Boa Esperança, 15 de setembro de 1933 — Campinas, 19 de julho de 2014) 

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Construindo o conhecimento

Há um tempo atrás, fiz uma publicação no nosso grupo no Facebook, hoje este filme apareceu novamente na minha linha do tempo e comecei a refletir sobre o quanto ele descreve o nosso curso.
Este vídeo é um trecho do curta metragem português Caritas "uma família humana, Alimentar para todos", nele cada personagem possui uma colher com um cabo muito grande e é impossível alimentar a si próprio com ela. Eles brigam, chegam a quebrar o cabo de uma das colheres, para tentar alimentar-se, mas só conseguem comer quando veem que com a colher é impossível alimentar a si próprio, mas conseguem alimentar uns aos outros. Este é o nosso grande objetivo, aprender uns com os outros, "alimentando-se" do conhecimento dos colegas e auxiliando também os colegas na construção do conhecimento. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Enriquecendo o trabalho das colegas

Nem sempre é fácil "criticar" um trabalho de um companheiro de estudos. No inicio do curso, tínhamos bastante receio em fazer isto e ser mal interpretadas pelas colegas. Mas hoje entendemos, que todo comentário está ali para ajudar a agregar conhecimentos aos textos. Segundo  as palavras do professor Crediné, o Seminário Integrador existe no nosso curso para criar uma rede de conhecimentos, onde uma colega ajuda a outra, fazendo assim uma "Arquitetura Pedagógica", .
Segundo Bertrand Russel (1872 - 1970):
"É importante aprender a não se aborrecer com opiniões diferentes das suas, mas dispor-se a trabalhar para entender como elas surgiram. Se depois de entendê-las ainda lhe parecerem falsas, então poderá combate-las com mais eficiência do que se você tivesse se mantido simplesmente chocado."
Estamos todas no mesmo barco, e temos o dever de ajudar umas as outras, aprendendo com as experiências umas das outras. Posso citar como exemplo disto, as experiências que vi no ultimo Workshop de aprendizagens, de colegas que lecionam com séries iniciais ou até mesmo com disciplinas específicas. Pude perceber que muitas práticas que elas usam com os alunos maiores, podem ser adaptadas e utilizadas com os meus alunos da educação infantil. Infelizmente, no ultimo semestre não consegui me organizar para visitar todos os blogs e aprender com as minhas colegas durante o semestre, mas com certeza agora farei isto. 
Por isto é fundamental mantermos o portifólio de aprendizagens atualizado, para que o nosso aprendizado seja contínuo e não apenas no workshop de aprendizagens. Este é o grande objetivo do blog, fazer a avaliação do conhecimento durante a aprendizagem, para que juntas possamos agregar conhecimentos e saber onde podemos avançar.

Aprendendo a "conversar com os autores"

Na nossa segunda aula, aprendemos um pouco sobre o que é conversar com o autor. Mas o que seria esta conversa? É concordar ou não concordar com o que o autor diz, expondo argumentos baseados na realidade escolar.
Um trecho do discurso do professor Crediné me chamou a atenção, onde ele nos expôs como exemplo Piaget, que mesmo diante de todo o conhecimento que ele tinha, em seus livros sempre citava outros autores para embasar suas pesquisas e os conhecimentos ali apresentados. Assim sendo, como poderemos comprovar as nossas aprendizagens sem embasamento teórico?
Segundo o próprio Piaget (1896 - 1980):
 "O conhecimento não pode ser uma cópia, visto que é sempre uma relação entre objeto e sujeito” . Assim sendo, não basta copiar os pensamentos dos autores, temos que interagir com estes conhecimentos e apresentando o nosso ponto de vista, de acordo com as nossas vivências pedagógicas. 


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Iniciando o 4º Semestre

Então começamos mais um semestre... E já no nosso primeiro encontro, voltamos a discutir a importância do Portfófio de Aprendizagens e como ele nos ajuda na busca pelo conhecimento.
Um fato que aconteceu na apresentação do Workshop de aprendizagens do terceiro semestre, norteou as discussões: A citações de autores, pois foi sugerido por uma das professoras que fizéssemos citações durante a apresentação.
 Confesso que após a apresentação da síntese, em uma conversa com uma colega, tanto eu quanto ela estranhamos a sugestão, pois o que fazíamos até então, era relacionar o conteúdo aprendido com a realidade que vivenciamos na prática. Havia o conhecimento adquirido, mas deixávamos a desejar quanto a citação de autores. Até que comentamos esta nossa aflição com uma outra amiga que já concluiu a sua graduação, e ela nos disse que tínhamos que "conversar com os autores". Isto me chamou bastante a atenção, e levei esta conversa para a sala de aula. O professor então ressaltou a importância de fazermos citações, pois não basta escrevermos por escrever, temos que ter a opnião de outros autores para sustentar o conhecimento.
Em uma breve pesquisa sobre a importância das citações, achei um texto no Blog Tecmundo que achei muito interessante que fala sobre a importância das citações, disponível em: http://www.tecmundo.com.br/tutorial/834-aprenda-a-usar-as-normas-da-abnt-citacao-2-de-4-.htm#ixzz2XROiu8MM. Segundo Gabriel Xavier "Assim como já diria Armando Nogueira: “Copiar o bom é melhor que inventar o ruim”, em todo o tipo de trabalho ou criação de projetos, acabamos copiando ou emprestando parte do conhecimento de outras pessoas. Entretanto, isso não ocorre porque não tivemos a capacidade de pensar em algo do gênero antes, mas sim porque existem fontes que realmente servem como base para desenvolver um trabalho, e, conseqüentemente, devem ser usadas e consultadas." Estamos na faculdade para aprender, e temos diversos autores disponíveis para embasar os nossos conhecimentos e temos a obrigação de ir em busca de outras fontes para sustentar as nossas aprendizagens. 
tenho certeza de que as próximas postagens terão muito mais "conversas com os autores".

domingo, 10 de julho de 2016

A importância do Recreio

Nós professores geralmente pensamos em recreio como um espaço para as crianças se agitarem e não prestarem mais atenção na aula. Confesso que pensava assim até a primeira aula de Ludicidade. Por muitas vezes me peguei fazendo atividades dirigidas durante os 30 minutos que os meus alunos tem de pátio, onde deveriam brincar livremente. Após assistir ao filme

O Fim do Recreio (Vinícius Mazzon e Nélio Spréa, 2012), comecei a mudar meu pensamento. Mas ao invés de deixar eles correndo sem rumo, decidi brincar com eles, mas neste momento, eles que mandam! Brincamos de casinha, carrinho, mamãe e filhinho. de tudo que eles quiserem e o que a imaginação corre solta.

Por quê Brincar é importante?

Sempre soube que brincar é muito importante, mas jamais imaginei que fosse tão importante quanto a interdisciplina de Ludicidade me mostrou. Após realizar os estudos e leituras, tornei minhas aulas muito mais lúdicas e divertidas. Como educadores, temos a obrigação de abrir caminhos para o conhecimento, mas porque isto tem que ser chato? Concordo quando alguns colegas pensam que é mais fácil só passar exercícios no quadro ou em xerox, mas será que os alunos gostam disto? Com certeza não. A criança deseja brincar, jogando com a aprendizagem e este é o nosso papel. no texto Quatro Cores, senha e dominó tem um trecho que fala exatamente isto: “Como precisar a importância do Jogo na escola: Como pensar o jogo na construção do conhecimento? Gostaria de recordar, uma vez mais, que a função eterna da escola é instrumental, ou seja, os adultos mantêm os filhos na escola visando aos futuros cidadãos que estes deverão tornar-se. Freqüentamos a escola para aprender a ler, escrever, fazer cálculos; porque as profissões adultas necessitam desses conhecimentos. Mas para a criança, essa função instrumental da escola é muito abstrata, teórica; tem um sentido adulto, por vezes muito distante dela. Já o conhecimento tratado como um jogo pode faze sentido para a criança.”

domingo, 3 de julho de 2016

Literatura Surda

Antes de estudar Libras, nunca havia pensado que existe livros direcionados à comunidade surda. Na nossa segunda aula presencial, tivemos a oportunidade de folhear livros clássicos com tradução em Libras e de adaptar um conto clássico para a comunidade surda.

Escolhemos o Clássico da Branca de Neve, e a transformamos na Branca de Neve Surda. Um dia depois contei a história aos meus alunos do Maternal 2 e eles ficaram impressionados, pois nunca tiveram contado com uma pessoa que não ouvisse ou falasse a linguagem deles.



O Perigo de uma história única

Assistindo a palestra da artista Christine Sun Kim, refleti sobre o perigo de termos acesso a uma única história. Antes de estudar Libras, não sabia que existia uma comunidade Surda organizada, que se reúnem, nem mesmo que existe uma escola especial para surdos, onde aprendem primeiro Libras para após aprender a língua portuguesa.
Sempre temos que procurar mais lados da história, e foi muito gratificante conhecer os "outros lados da história" dos surdos, conhecer a luta dos surdos para sevem reconhecidos na sociedade e conquistarem seu lugar.

Um mundo Bilíngue é possível

Após ver o filme Sou surda e não sabia, fiquei pensando no quanto os surdos sofrem antes de serem diagnosticado, e como é importante o diagnostico precoce. O filme apresenta a vida de uma menina que nasceu surda em uma família de ouvintes e as dificuldades que ela passou até conseguir se relacionar com a comunidade surda e usar a linguagem de sinais.
Creio que a este tipo de linguagem deveria ser incentivada desde a educação infantil, adotando a Lingua Brasileira de Sinais como segunda língua. Porém para que isto aconteça, nós professores temos que ser capacitados para isto.
Acredito que além de possível, isto seria de grande valia para toda a criança, pois além de aprender a conversar com quem só utiliza desta língua, a criança teria um outro estímulo na expressão corporal.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A Importância da voz

Sempre tive o tom de voz alto, e quando iniciei com a Educação Infantil, muitas vezes me vi "competindo" com as crianças para ser ouvida. Até que no ano passado passei por diversos episódios de rouquidão. E uma profissional da escola onde trabalho me falou que só ouvia a minha voz na sala de aula. Então comecei a me cuidar mais, tentando tomar muita água, e baixando o tom de voz. Me identifiquei muito com a professora do filme Minha voz, Minha vida, por que no período em que fiquei rouca, tinha muito medo de ter que abandonar a profissão que tanto amo.

Conhecendo a interdisciplina de LIBRAS

Confesso que a Interdisciplina de Libras era a que mais estava aguçando a minha curiosidade. Acredito que por nunca ter tido contato com a língua, e sempre que via nas palestra os interpretes fazendo a tradução, via em segundo plano.
A aula ministrada pelo professor Cristiano Pereira Vaz, foi muito interessante e significativa, pois a Língua Brasileira de Sinais, saiu do meu segundo plano, sendo focada em primeiro plano.
Conhecer sites e ferramentas utilizadas pelos surdos para se comunicar foi muito interessante, não vejo a hora de conhecer um pouco mais sobre esta Língua.

Literatura e as diferenças

Através do texto Nas Tramas da Literatura Infantil: Olhares sobre personagens diferentes, pude pensar no quando a literatura além de lúdica é informativa e conscientizadora.
Quando trabalho com as diferenças com os meus alunos do maternal 2, apenas me prendia as diferenças de raça ou cor, e o texto me fez pensar o quanto as deficiências físicas também são importantes. Com certeza irei abranger estas diferenças nos projetos e tenho certeza de que os meus alunos irão além de se conscientizar, adorar trabalhar com o tema.

domingo, 24 de abril de 2016

Trabalhando com livros Étnico-Raciais





Particularmente posso dizer que sou uma apaixonada por livros! Não leio mais por falta de tempo mesmo. Mas gosto muito de trabalhar com livros infantis. Acho que através da literatura, a criança viaja e assim interage melhor nas aulas.
Mas também não pode ser qualquer livro. Sempre procuro trazer livros que vão de encontro aos temas dos projetos e a realidade dos alunos.
Como trabalho em uma escola de vila na parte da manhã, nunca tive problemas com preconceitos entre as crianças, uma vez que a sua maioria são de origem humilde.
Mesmo assim sempre procuro trabalhar as diversidades orientando as crianças sobre a igualdade entre todos. Pra isto, gosto muito de trabalhar a história Menina Bonita do Laço de Fita, que enaltece a cor negra, muitas vezes discriminada na sociedade.
Este tema já é conteúdo obrigatório no curriculo escolar, A Lei 10.639, de 2003, decretou a inclusão do ensino da História e da cultura afro-brasileiras no Ensino Fundamental e Médio. E a lei passou a valer para todos os níveis da Educação Básica com a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Literatura e o Berçário 01

Quando assumi a turma de Berçário 01, a escola estava propondo um projeto de Contos Clássicos, e no inicio eu pensei: Como vou contar histórias para crianças tão pequenas? Então pedi ajuda para colegas mais experientes e descobri que era possível sim, chamar a atenção deles com livros infantis. Já no primeiro dia, levei livros para contar e mostrar para eles. O interesse e curiosidade destes pequenos me surpreenderam, e a cada dia eu oferecia novos materiais e mais eles se interessavam. Então descobri, que a paixão pela literatura pode iniciar muito antes do que eu imaginava, e com certeza os livros infantis farão parte deste ano letivo do Berçário 01.





Nossa Primeira Aula de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem

Através de uma aula emocionante ministrada pela querida Professora Ivany Ávila, iniciamos esta interdisciplina. Com o título: A leitura e suas provocações: Lendo, ouvindo e expressando sentimento; fomos provocadas a entender o que alguns autores nos diziam.
Eu confesso que sou uma apaixonada por livros, amo contar histórias para os meus alunos e muitas vezes o que eu entendo da história não é o que eles entendem quando eu conto para eles.
Isto acontece, por que cada um tem uma visão de mundo, e como professores temos que escolher leituras que abranjam todos os mundos que contenham na sala de aula.

A importância do Brincar

No primeiro fórum da interdisciplina Ludicidade, fomos indagadas sobre a importância do brincar, e fiquei pensando em como a vida seria chata se não houvessem as brincadeiras infantis. Como seria possível fazer com que a criança aprenda sem o lúdico?
Acredito que o nosso trabalho como professores de Educação Infantil, seria muito mais difícil, pois as como seria possível envolver a criança na aprendizagem, sem fazer com que ela se divirta com o que está fazendo.

Aula de apresentação da Interdisciplina Ludicidade

No dia 12 de abril tivemos uma aula super produtiva e envolvente. Confesso que estava ansiosa pelo início desta interdisciplina, uma vez que penso que a base da Educação Infantil é a Ludicidade.
Sempre levei como tema para a sala de aula, a seguinte frase: "A criança aprende brincando e brincando ela é feliz!"
Uma frase da professora Darli Collares me chamou a atenção: "É importante não romantizar o jogo!" Na minha turma de Maternal 2, utilizo esta frase como regra, pois nem sempre os jogos e atividades que eu proponho dão certo. Tudo depende muito do ânimo e vontade das crianças.
Durante a aula tivemos a oportunidade de brincar, como brincamos com as crianças em sala de aula, e foi muito interessante, pois além de aprender novos jogos, nos divertimos muito e me senti de volta a infância.
No dia seguinte propus a brincadeira Corpo a Corpo que aprendi em aula, para as minhas crianças de 3 e 4 anos, e além de exercitar o corpo, eles amaram, foi muito divertido.


Análise de Postagens

Fazendo a atividade proposta pelo Professor Crediné Menezes, constatei como é difícil analisar as nossas próprias postagens e mais ainda as postagens de uma colega.
Confesso que sou muito exigente, e nas minhas postagens sempre parecia que estava faltando alguma coisa. Quando finalmente consegui escolher uma que achava ser a mais distante de boa, me deparei com a dificuldade em reescrevê-la. Me vi obrigada e rever assuntos já estudados e fazer novas pesquisas para enriquecer o texto. O que no final foi muito bom, pois além de complementar a minha postagem, adquiri novos conhecimentos.

Trabalhando com o Berçário - Uma nova experiência!

Neste ano, além de trabalhar com o Maternal 2 pela manhã, assumi a docência de uma turma de Berçário 01 no turno da tarde. Confesso que jamais me imaginei trabalhando com crianças tão pequenas, tinha até um certo medo desta experiência, mas quando cheguei na nova escola e a diretora me ofertou esta turma, resolvi encarar este novo desafio.
Ao assumir a turma, me surpreendi com a curiosidade e participação das crianças nas atividades propostas.
Acredito que as próximas interdisciplinas irão me ajudar muito neste trabalho, e a cada dia me apaixono e aprendo mais com esta turminha, e o que era medo no ínicio, deu lugar ao entusiasmo de poder estimular  e aguçar cada vez mais a aprendizagem deles.
Como é a primeira vez que estou trabalhando 40 horas, estou com uma certa dificuldade em me organizar com o tempo para estudar, mas tenho certeza de que me esforçarei, e conseguirei atingir todos os objetivos propostos.



Receita de uma boa postagem

Como descobrir se uma postagem tem qualidade ou não?
Sempre pensei que para fazer uma boa postagem, fosse necessário apenas relatar o que aprendeu, relacionando com a prática. Mas em uma aula de Seminário Integrador III, aprendi que uma boa postagem vai muito além disto, e é quase como uma receita de bolo. Dentre alguns ingredientes destaco:
 -  1 Xícara de aprendizados;
 - 2 Xicaras de Embasamentos teóricos;
 - 3 Xícaras de relações com a realidade escolar;
 - 1 pitada de aprendizagem que mudou a prática escolar;
 - Algumas imagens com autorização e recursos visuais;
 - 1 Pacote de inquietação e temas de discusões;
 - 1 Pacote de novos conhecimentos com conhecimentos prévios ressaltando a reflexão sobre esse processo de aprendizagem.

Modo de preparo:
Organize todos os ingredientes de modo que seus pensamentos e idéias fiquem claros, utilizando uma escrita formal e sem vícios.


A receita parece um pouco complicada, mas com dedicação e pesquisas, conseguiremos atingir o ponto correto.

Aula Magna Nuccio Ordine - A Utilidade do Inutíl

Após assistir ao vídeo da aula magna, fiquei pensando sobre o que é realmente útil na vida. Na sociedade atual, o lucro é sempre a finalidade de tudo, mas será só isto que realmente importa?
Confesso que ao entrar na universidade, buscamos inicialmente o diploma, para que um dia possa melhorar o salário, mas será isto mesmo que importa?
Estamos no Eixo III deste curso, e com certeza, todas nós iremos lucrar muito mais do que apenas o diploma. Não somos nem de perto as mesmas professoras que iniciaram o curso. Nas primeiras aulas mal conversávamos, os debates tinham que ser muito provocados e geralmente o que uma falava, a outra concordava. 
Vejo nossas mentes abrindo-se para o saber, hoje em dia, as discussões são muito mais acaloradas, e cada uma defende seu ponto de vista com unhas e dentes. 
Ainda falando sobre o lucro, segundo Nuccio Ordine " Pesquisas que tem a finalidade a realização de um produto, conseguem recursos com mais facilidade do que as que tem uma base sem objetivo utilitarista, porém, os investidores esquecem que para produzir um produto, as pesquisas iniciais que não visam lucro são essenciais." Acredito que assim devemos pensar com os nossos alunos. Devemos investir na aprendizagem desde cedo, fazendo que com eles pensem por si só, para assim formarmos indivíduos autônomos e conscientes de seus atos.

terça-feira, 22 de março de 2016

Iniciando o Ano Letivo com a Palestra do Prof. Dr. Max G. Hatnder

Iniciamos o ano letivo com uma palestra muito interessante sobre avaliação. Está palestra me fez pensar sobre as nossas avaliações, sobre o portfólio de aprendizagem, sobre a importância que tudo isto tem.
Segundo o palestrante, professor tem que olhar além da moldura, ou seja, não podemos avaliar somente na hora da prova, a avaliação tem que ser contínua. Acredito que este é o papel do nosso portfólio de aprendizagem, uma avaliação contínua e formativa.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Workshop PEAD Eixo II

O que falar deste workshop???
Senti uma emoção muito grande em apresentar minhas aprendizagens na banca de uma professora que eu admiro tanto: Professora Ivany.
Com certeza jamais a esquecerei, obrigada por tudo.
Abaixo segue o vídeo onde eu ensaiava com a minha sobrinha o que iria falar na apresentação.
Vídeo