Confesso que nunca havia parado para pensar na diferença entre o ver e o olhar. Olhar é muito fácil, apenas superficial, mas quando vemos, aprendemos com o objeto. Destaco o seguinte trecho do artigo de Castro Giovanni Costella:
"Como forma de afirmar a importância da construção do
conhecimento, segundo Jean Piaget (2001), para a Geografia e para o processo de
aprendizagem da linguagem cartográfica, nos baseamos na afirmação de que o
conhecer não consiste no copiar o real, mas agir sobre ele e transformá-lo, de
maneira a compreendê-lo em função dos sistemas de transformações aos quais
estão ligadas estas ações. Para conhecer os fenômenos, o sujeito não se limita
a descrevê-lo tal como aparecem, mas atua sobre os acontecimentos, de modo a
dissociar os fatores, a fazê-los variar e assimilá-los a sistemas de
transformações lógico-matemáticas (Piaget: 2001, 15)."
Quando li este trecho do artigo me veio a cabeça uma conversa sobre a praia que tive com os meus alunos do maternal 2, onde uma aluna havia apenas passado pela praia com os pais e outros haviam ido à praia e interagido bastante com ela. Ficou claro para mim que o aprendizado dos que brincaram na praia foi muito maior do que o aprendizado da menina que havia apenas passado pela praia.
Fonte: Castrogiovanni, A. C.; Costella, R. Z., 2012. Brincar e cartografar com os
diferentes mundos geográficos: a alfabetização espacial. Porto Alegre: Edipucrs.
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