Sim são 4:18 da manhã de sexta para sábado, perdi o sono esperando o meu esposo chegar de um trabalho (ele é técnico de som e opera para algumas bandas da região). Liguei a televisão, (pois nesta semana aconteceu tudo o que podia acontecer, inclusive eu perder meu telefone, e não tinha como ligar para ele), e estava passando na televisão o filme Sociedade dos Poetas Mortos, e me peguei pensando sobre tudo que aconteceu durante está semana. Dentre estes acontecimentos, destaco a minha "despedida" do berçário 1.
Estou muito triste, pois amo cada bebê daqueles como se fosse meu, mas não podia prosseguir vendo coisas que eu não concordava, e então desisti do desdobramento. Não tenho vergonha de dizer que desisti, pois levei meus princípios até o fim, lutando para o bem estar daquelas crianças como se fossem meus filhos.
Mas voltando ao filme, uma das cenas iniciais mostra o pai de um dos alunos, cobrando que ele saia da redação do jornal da escola, pois devia dedicar-se integralmente aos estudos para que um dia se tornasse médico. Como já mencionei diversas vezes por aqui, ingressei no magistério para realizar o sonho dos meus pais em ter uma filha formada professora. Tenho viva na minha memória o dia em que minha mãe saiu muito cedo da manhã, para tentar conseguir uma vaga pra mim no curso de Magistério do Instituto Estadual de Educação Barão de Tramandaí. Meu pai, que na época trabalhava fazendo fretes de carroça, não dormiu até que minha mãe chegasse em casa, pois se ela não conseguisse uma vaga para mim na escola pública, teria que dar um jeito de pagar uma escola particular e naquela época não seria nada fácil, uma vez que eu trabalhava com a minha mãe num quiosque no verão, para ajudar meu pai a sustentar a casa no inverno.
Ao contrário do pai do filme que exigia que o filho seguisse a profissão de médico, meus pais nunca me forçaram a nada, queriam muito que eu saísse com uma profissão do segundo grau, mas respeitavam quando na época eu dizia que iria fazer faculdade de computação, pois desde pequena, eles se desdobraram para pagar cursos para mim, e aquilo se tornará uma paixão.
Como muitos sabem também, me descobri professora em sala de aula, e me apaixonei pela profissão no estágio final.
Hoje mais uma vez quero agradecer aos meus pais por terem este sonho, e por me ensinarem princípios indispensáveis na vida.
Desta semana tão conturbada, tiro a seguinte lição: Carpe Diem - Aproveite o dia! Aproveite cada dia da sua vida intensamente, assim como vivi cada segundo ao lado dos meus bebês.
Em uma certa cena do filme, o ator Robin Willians, interpretando o professor inspirador do filme, diz: A vida só existe com sonhos. E concordo plenamente com isto, pois se não fosse o sonho dos meus pais não seria a profissional apaixonada que sou hoje.
Não sei se usarei esta postagem na minha síntese do semestre, mas precisava expressar os meus sentimentos ao assistir Sociedade dos Poetas Mortos (1989) pela segunda vez.
Referências:
SOCIEDADE dos poetas mortos. Direção Peter Weir. Produção: Steven Haft. Interprete: Robin Williams. Música: Maurice Jarre. Produzido por Buena Vista Home Entertainment; Tochstone Home Entertainment. DVD (129 min), Wisdescreen, son., color, NTSC, 1989.
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