quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Livro Freud e a Educação de Maria Cristina Kupfer - O Mestre do Impossível

A leitura deste livro me prendeu muito, tanto que quando comecei a ler, não consegui parar. Saber um pouco da história da vida de Freud, como ele começou seus estudos, a importância que a família dele deu a sua vontade de estudar, me fez entender um pouco por que existem tantas pessoas apaixonadas pelas idéias deste grande estudioso, e confesso que me apaixonei também.
Apesar de Freud não ter estudado diretamente a educação, suas contribuições para ela foram enormes. O estudo das Fases de desenvolvimento sexual é um grande exemplo disto.
Destaco aqui um pequeno trecho do livro, onde a autora nos explica um pouco disto:
"Assim, Freud revela que a  pulsão sexual, tal como a vemos em ação em  um adulto, é na verdade composta  daquelas pulsões parciais,  cuja  ação  se  observa  nas  preliminares  de  qualquer  ato
sexual.  Antes  do  advento  e  do  domínio  do  interesse  genital,  tais pulsões parciais são vividas livremente pela criança, cujo interesse pela questão genital – pela cópula propriamente dita – ainda não foi despertado." (KUPFER, 1989, p. 41)
A criança é instigada pelos seus instintos sexuais, não pelo fim reprodutivo  propriamente dito, mas pelo que lhe traz prazer.
A idéia de transferência, citada na leitura, me fez pensar em como somos importantes como educadores, muitas vezes tão importantes quanto os próprios pais.
""No  decorrer  do  período  de latência,  são  os  professores  e  geralmente  as  pessoas  que  têm  a
tarefa de educar que tomarão para a criança o lugar dos pais, do pai  em  particular,  e  que  herdarão os  sentimentos  que  a  criança dirigia  a  esse  último  na  ocasião  da  resolução  do  complexo  de
Édipo. Os educadores, investidos da relação afetiva primitivamente dirigida ao pai, se beneficiarão da influência que esse último exercia sobre a criança." (KUPFER, 1989, p. 85)
Acredito que temos que usar esta transferência a nosso favor, uma vez que o carinho e afeto são essenciais na educação, principalmente na fase da Educação Infantil, àrea em que atuo. As crianças desta fase, passam a maior parte de seu tempo na escola, com os colegas e professores, enquanto seus pais vão em busca do sustento.
Geralmente, quando possuem pais e mães, estes acabam não sendo presentes na vida dos seus filhos, cabendo a nós professores, suprir esta falta de carinho, deixando sempre claro para as crianças o papel que ali desempenhamos.
Referências:
KUPFER, Maria Cristina. Freud e a educação. O mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 1989.

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