Através deste filme, pude pensar como ainda hoje somos "escravizados", não como antigamente, onde existiam os senhores donos de escravos, mas sim por uma sociedade desigual, onde quem tem sempre vai querer ter mais, e quem não tem, luta para sobreviver. Nesta luta, existem os que escolhem o caminho do trabalho digno, e os que, muitas vezes por falta de oportunidades procuram ganhar a vida através do crime.
Vejo esta desigualdade também, na escola em que trabalho, onde poucas crianças que frequentam a escola possuem uma qualidade de vida boa, e muitas vem para a escola para ter o básico como uma boa alimentação. Quando fazemos comemorações como o dia das mães e dos pais, muitas vezes temos que lidar com situações em que os pais estão presos, ou que abandonaram a família para viver no crime. Alguns alunos acabam adotando os professores como mães, foi o que aconteceu com um aluno que foi abandonado pela mãe quando ainda frequentava o berçário, na época ela queria dar ele para a adoção, mas o avô não deixou, assumindo a guarda do menino. Então este menino "adotou" a professora que lhe dava aula como mãe, chamando ela de mãe desde então, tanto que hoje frequentando o maternal 2, na festa de dia das mães, ele fez questão de apresentar e presentiar a mãe da escola.
Se o nosso país tomasse como exemplo países como o Estados Unidos, onde possui uma educação pública de excelência e a maioria das pessoas tem acesso a ela, formando muitos profissionais de qualidade, exemplos como este com certeza seriam menos frequentes, com a desigualdade social combatida, pois até empregos que não necessitassem de tanta qualificação, seriam bem remunerados, já que não existiria tantos profissionais que se propusessem a trabalhar.
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