No dia 23 de Outubro de 2016, fiz uma postagem falando sobre o quanto o texto Questões sobre o tempo escolar me fez pensar sobre a rede de aprendizagens do nosso curso, disponível em postagem 10. Na publicação, copiei um trecho do texto, mas não cheguei a comentar sobre o mesmo. A autora nos diz:
"O desafio é constituirmos a escola num outro tempo, num tempo da Atualidade, onde o foco no presente nos faria viver cada momento como um acontecimento, sem pretensões de somar o número de aprendizagens para quantificá-la ao final do ano letivo, onde a vivência do processo educacional fosse prazerosa cotidianamente."
Creio que este não é somente o nosso desafio, mas também a nossa missão como professoras pedagogas, mas nem sempre será fácil de cumpri-lo, uma vez que nossos superiores não pensam assim. Durante o ano passado foi inserido uma cartilha que a prefeitura do município onde eu trabalho adquiriu sem consultar a nós professores o que achávamos do conteúdo. É muito triste em pleno 2018, uma professora concursada e estudante da UFRGS, ter que bater de frente com uma supervisora contratada que estava há muitos anos afastava (pois já estava aposentada), por não concordar com o ensino através de apostilas, para não dizer cartilhas.
Tentei trabalhar conforme a SMEC queria, mas não foi possível, o conteúdo das apostilas, era totalmente fora da realidade dos meus alunos, para ter uma ideia, um dos exercícios pedia para que os alunos dividissem as amoras e figos, sendo que tais frutas não faziam parte da realidade carente que as crianças viviam. Após alguns meses, trocou a supervisão escolar, e a nova supervisora me deu total apoio para usar a minha metodologia de ensino. Deixo bem claro aqui que não tenho nada contra cargos contratados, mas sim contra o governo que usa destes cargos para satisfazer as suas vontades.
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