Como mencionei inúmeras vezes aqui, neste ano decidi enfrentar um novo desafio, sair do conforto da escola e trabalhar em um anexo das escolas infantis do municipio dentro de uma escola estadual.
A equipe foi formada por alguns concursados, desdobrados e outros contratados, e percebi desde o inicio que havia uma certa rachadura que não deixava o grupo ser unido.
Durante esta semana estamos fazendo atividades diversificadas pré-recesso, e hoje encenamos a história O Sanduiche da Dona Maricota, e foi uma experiência muito boa, pois além de divertir as crianças e envolvê-las na prática da alimentação saudável, conseguimos unir o grupo em prol as crianças.
Acredito que se esta união estiver voltada para a busca dos nossos direitos, acontecerá uma possível escola democrática.
quarta-feira, 12 de julho de 2017
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Tempo X Faculdade X Vida
Chegamos ao final de mais um semestre, e a promessa que fiz nos inicio deste, mais uma vez não consegui cumprir: Fazer as atividades e postagens no blog em dia!
Trabalhar 40 horas, dar conta da casa, de pais que precisam de maior atenção devido a idade, planejamento e ainda fazer as atividades em dia não é nada fácil.
Hoje faço esta postagem, não como desculpa, ou para tentar diminuir a minha culpa, mas sim para fazer uma reflexão sobre o que estou fazendo de errado, pois já se passaram cinco semestres e a cada semestre me vejo mais envolvida e ao mesmo tempo mais enrolada. Envolvida com o conhecimento, amo aprender, e a cada aprendizagem cada conhecimento que adquiro vejo que me abrem novos caminhos e possibilidades. Mas ao mesmo tempo o que ganho trabalhando 20h não é suficiente para acabar a minha casa, para pagar as minhas contas, e assim me sinto enrolada, sem muitas vezes conseguir aproveitar melhor o que aprendo, sem conseguir formar a teia de conhecimentos com as minhas colegas.
Enfim, mais uma vez prometo que tentarei deixar o cansaço, frustações e insatisfações de lado quando estiver em casa e fazer os meus deveres em dia.
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Democratização na Escola: Sonho ou Realidade
Após tanto ler sobre democratização na escola me peguei pensando sobre a realidade que vivencio. No município onde trabalho os cargos de direção ainda são ocupados por indicação da prefeitura. Em algumas escolas, os gestores já estão abrindo a escola para a democracia, perguntando as opiniões dos professores e funcionários nas decisões relacionadas a escola. Porém em sua grande maioria vejo escolas com Gestões Técnico-Científicas, onde as ordens vêm de cima e ninguém pode opinar, apenas obedecer.
Atualmente trabalho em uma escola diferenciada, e vivo na pele este modelo de gestão Técnico-cientifíca, e lá acredito que não há possibilidades de fazermos acontecer uma democracia de verdade.
Mas acredito que sim, uma escola democrática é possível, pois existem outros municipios da região, que já fazem a escolha dos diretores por voto e a comunidade escolar possui voz ativa.
Percebi isto na escola onde fiz a entrevista com o presidente do conselho escolar. Localizada aqui no município onde resido (Tramandaí), pelo que a presidente me falou, a democracia caminha a passos largos. Agora cabe a nós, como escola, sairmos da nossa zona de conforto e lutarmos pelos nossos direitos.
Atualmente trabalho em uma escola diferenciada, e vivo na pele este modelo de gestão Técnico-cientifíca, e lá acredito que não há possibilidades de fazermos acontecer uma democracia de verdade.
Mas acredito que sim, uma escola democrática é possível, pois existem outros municipios da região, que já fazem a escolha dos diretores por voto e a comunidade escolar possui voz ativa.
Percebi isto na escola onde fiz a entrevista com o presidente do conselho escolar. Localizada aqui no município onde resido (Tramandaí), pelo que a presidente me falou, a democracia caminha a passos largos. Agora cabe a nós, como escola, sairmos da nossa zona de conforto e lutarmos pelos nossos direitos.
domingo, 2 de julho de 2017
Avaliação na Educação Infantil
Chegamos a mais um final de semestre, e assim como na faculdade chegou a hora de fazer as avaliações na escola. Mas como funciona este processo na Educação Infantil? Podemos fazer Provas?
Assistindo ao vídeo da professora Jussara Hoffman, pude refletir sobre como avalio os meus alunos.
Atualmente tenho duas turmas de pré escola, com 24 alunos em cada, e quando chega ao final de cada semestre fico pensando em cada aluno no decorrer do semestre, como se comportou em frente as indagações, como está evoluindo diante dos conteúdos programáticos, mas ao mesmo tempo fico pensando como cada criança está se desenvolvendo, fisica e psicologicamente e ao assistir o vídeo, pude perceber que a avaliação na educação infantil está muito mais no toque, no afeto, em como a criança está reagindo.
A curiosidade é uma caracteristica nata dos meus pequenos, e saber aguçá-la também é um grande desafio para mim como professora.
Indagá-los para novas aprendizagens, observá-los e interagir com eles diariamente. Isto para mim é avaliar, não só a eles, não em um único momento, mas todos os dias, a cada atividade, brincadeira ou história que conto, eu avalio a eles e a mim também. A mim, por que se eles não reagirem bem as minhas propostas, alguma coisa eu estou fazendo errado e tenho que mudar, para o meu bem como profissional e para o bem dos meus alunos.
Então chega a hora de fazer o pré conselho, e como comprovar tudo que estamos escrevendo ali? Apenas o dia a dia de cada professor consegue comprovar, pois a avaliação na educação infantil está na observação, no toque, no olhar de cada aluno.
Conselho Municipal e Conselho Escolar
Por incrível que pareça, nunca havia escutado nada sobre Conselho Municipal de Educação, e acreditava que Conselho Escolar, eram os CPMs que hoje se chamam APMs (Associação de Pais e Mestres)
Ao assistir ao vídeo O OLHO DO CIDADÃO - CONSELHOS E CONTROLE SOCIAL (CGU), percebi que estava errada, então procurei saber com as minhas colegas se existia estes conselhos no nosso município, e descobri que o Conselho Municipal de Educação sempre existiu, mas na gestão Municipal anterior, ele era formado por participantes da base aliada do governo, então não fazia a devida fiscalização que devia fazer. Atualmente o Conselho Municipal está se reestruturando, mas não foi divulgado a sua organização, não sabemos como ele se formou nem quem o ocupa. Porém há uma semana atrás soube que os seus integrantes começaram a fazer visitas nas escolas. Ainda não apareceu ninguém onde trabalho, mas acredito que em breve aparecerão.
Quanto aos conselhos escolares, em Cidreira não existe em nenhuma escola um conselho escolar atuante, me informei com as colegas no ensino fundamental e nenhuma delas tem conhecimento em suas escolas.
Como trabalho em um anexo, não temos nem a Assossiação de Pais e Mestres, pois os alunos são oriundos de diversas escolas, muitas vezes na mesma turma existe aluno de mais duas escolas.
Politicas e Gestão na Educação
Confesso que nunca gostei muito de política, jamais passou pela minha cabeça ocupar qualquer cargo que envolvesse gestão da escola, pois eu gosto mesmo é da sala de aula, sempre digo: "É o meu Chão!!! Onde me sinto em casa e a vontade!!"
Até começar a estudar Gestão escolar... A interdisciplina me desacomodou, me mostrou quantos direitos temos que não são colocados em prática, e o quanto a gestão escolar influência na sala de aula.
Atualmente, trabalhando em uma anexo escolar, percebo o quanto faz falta uma boa gestão dentro da escola, uma equipe diretiva que una a comunidade escolar e traga a família para dentro da escola.
Segundo Freitas (1989) sitado por Libâneo (pag 12):
"É fundamental levar-se em conta que a divisão do trabalho, característica da sociedade capitalista, também atinge a escola. Muito embora com feições próprias, o aprofundamento do trabalho na escola, sob a inspiração tecnicista, aumentou o controle exercido sobre professores e alunos, ampliação a ação de um conjunto de especialistas (nos gabinetes e na própria escola). (...) A introdução do gerenciamento científico na escola, nos moldes já utilizados com sucesso na indústria, baseou-se nas mesmas premissas: separação do processo de trabalho do trabalhador, separação entre a concepção de trabalho e sua realização e uso do monopólio do conhecimento no processo de trabalho, para controle do trabalhador. Neste sentido, a profissão de professor, como todas as outras, teve seu grau de desqualificação amplificado, ao mesmo tempo em que o professor era submetido, como todo assalariado, a um processo de empobrecimento acelerado." (Freitas, 1989)
Assim estamos sendo levados por anos, em um mundo capitalista, onde não procura-se os direitos, e muitas vezes nem ao menos os conhecemos,
Libâneo nos fala logo abaixo:
"O que se estava criticando era a divisão das tarefas de escolarização entre os profissionais da educação (administrador escolar, supervisor escolar, orientador educacional e inspetor escolar), deixando aos professores as tarefas de execução do ensino. Com isso, se expropriava o saber e as competências dos professores, retirava sua compreensão do seu processo de trabalho como um todo, bem como de sua condução. A solução seria eliminar a presença desses profissionais já que sua presença na escola fragmenta o processo de escolarização, expropria o saber e a competência dos professores, separa o que pensa, decide e planeja daquele que executa."
É essencial sabermos não somente fazer o nosso papel em sala de aula, mas irmos além, identificar e conhecer as tarefas e deveres dos gestores é de suma importância para que possamos buscar os nossos direitos e melhorar a qualidade das aulas na sala de aula.
Texto: Concepções de gestão e organização escolar.
Até começar a estudar Gestão escolar... A interdisciplina me desacomodou, me mostrou quantos direitos temos que não são colocados em prática, e o quanto a gestão escolar influência na sala de aula.
Atualmente, trabalhando em uma anexo escolar, percebo o quanto faz falta uma boa gestão dentro da escola, uma equipe diretiva que una a comunidade escolar e traga a família para dentro da escola.
Segundo Freitas (1989) sitado por Libâneo (pag 12):
"É fundamental levar-se em conta que a divisão do trabalho, característica da sociedade capitalista, também atinge a escola. Muito embora com feições próprias, o aprofundamento do trabalho na escola, sob a inspiração tecnicista, aumentou o controle exercido sobre professores e alunos, ampliação a ação de um conjunto de especialistas (nos gabinetes e na própria escola). (...) A introdução do gerenciamento científico na escola, nos moldes já utilizados com sucesso na indústria, baseou-se nas mesmas premissas: separação do processo de trabalho do trabalhador, separação entre a concepção de trabalho e sua realização e uso do monopólio do conhecimento no processo de trabalho, para controle do trabalhador. Neste sentido, a profissão de professor, como todas as outras, teve seu grau de desqualificação amplificado, ao mesmo tempo em que o professor era submetido, como todo assalariado, a um processo de empobrecimento acelerado." (Freitas, 1989)
Assim estamos sendo levados por anos, em um mundo capitalista, onde não procura-se os direitos, e muitas vezes nem ao menos os conhecemos,
Libâneo nos fala logo abaixo:
"O que se estava criticando era a divisão das tarefas de escolarização entre os profissionais da educação (administrador escolar, supervisor escolar, orientador educacional e inspetor escolar), deixando aos professores as tarefas de execução do ensino. Com isso, se expropriava o saber e as competências dos professores, retirava sua compreensão do seu processo de trabalho como um todo, bem como de sua condução. A solução seria eliminar a presença desses profissionais já que sua presença na escola fragmenta o processo de escolarização, expropria o saber e a competência dos professores, separa o que pensa, decide e planeja daquele que executa."
É essencial sabermos não somente fazer o nosso papel em sala de aula, mas irmos além, identificar e conhecer as tarefas e deveres dos gestores é de suma importância para que possamos buscar os nossos direitos e melhorar a qualidade das aulas na sala de aula.
Texto: Concepções de gestão e organização escolar.
Colocando os projetos de aprendizagem em prática
Neste semestre tivemos a oportunidade de fazer acontecer os projetos de aprendizagens em sala de aula. Confesso que acreditei no inicio que seria mais fácil, que teria apoio dos pais, que a escola e o município me amparariam neste processo. Porém na prática não foi isto que aconteceu.
Com está prática, pude perceber que os pais tem cada vez menos tempo para os seus filhos, o município por sua vez, impõe regras para as saídas de campo, a educação e o incentivo para novos saberes acaba sempre caindo sobre os "ombros" dos professores.
A cada meta que eu lançava, deixava meus alunos curiosos e com muita vontade de descobrir como os peixes respiram embaixo da água, mas no dia seguinte a grande maioria chegava decepcionada por que o pai ou a mãe não teve tempo de ler a agenda, e ajudar a criança a envolver-se no conhecimento.
No texto Transgressão e mudança na Educação, Hernandez afirma que:
"O que me interessou não foi comprovar que era possível organizar um currículo escolar não por disciplinas acadêmicas, mas por temas e problemas nos quais os estudantes se sentissem envolvidos, aprendessem a pesquisar (no sentido de propor uma pergunta problemática, procurar fontes de informação que oferecessem possíveis respostas), para depois aprender a selecioná-las, ordená-las, interpretá-las, e tornar público e processo seguido." (pag. 19)
Como trabalho nos dois turnos com Pré escola, a colaboração dos pais foi fundamental para a resolução da questão. Acredito que por ser uma escola Anexo, que não chame a comunidade para dentro da escola, isto se tornou mais dificultoso, e me entristeceu bastante, quando perguntava para os alunos o que eles haviam aprendido de diferente sobre o tema que tanto queriam saber e apenas um ou dois falavam que tinham assistido vídeos ou observado os peixes. Então para não deixar o restante da turma sem aprender, coube a mim trazer uma professora de biologia para explicar para eles o processo de respiração dos peixes, e juntos também assistimos a diversos vídeos explicativos lúdicos.
Acredito sem que os projetos de aprendizagens são possíveis, mas na educação infantil, onde os alunos dependem de outras pessoas para realizar as pesquisas isto se torna um pouco mais difícil.
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