sexta-feira, 30 de junho de 2017

Analisando as minhas postagens antigas

Analisando as minhas postagens do primeiro e segundo semestre percebi o quanto escrevo, mas nem sempre quantidade é qualidade. Nestes semestres eu estava trabalhando apenas 20h e me sobrava mais tempo para escrever, então toda a atividade que eu fazia eu postava aqui, porém, em sua grande maioria, estava penas descrevendo o que havia feito, tipo, como foi entrar no moodle, conhecer o PB Works... Mas acredito que foram estas postagens que me ajudaram (e muito) a escrever como escrevo hoje. Não que a minha escrita seja perfeita, mas acredito que é escrevendo e refletindo sobre o que escrevemos que aprendemos a escrever.
Segundo Alarcão:
"Pressupondo um distanciamento que permite uma representação mental do objecto de análise, a reflexão é, no dizer do grande filósofo educacional americano John Dewey (\933), uma forma especializada de pensar Implica uma prescrutação activa, voluntária, persistente e rigorosa daquilo em que se julga acreditar ou daquilo que habitualmente se pratica, evidencia os motivos que justificam as nossas acções ou convicções e ilumina as consequências a que elas conduzem. Eu diria que ser-se reflexivo é ter a capacidade de utilizar o pensamento como atribuidor de sentido."
Ser reflexivo é desconstruir-se constantemente, o que para mim nos primeiros semestres estava ótimo, hoje já não está mais, pois posso afirmar que nem de perto sou aquela mesma aluna que os frequentou, me construí e desconstruí inúmeras vezes e a cada texto que leio, a cada aprendizagem que vivencio, me reconstruo novamente, como aluna e principalmente como professora.

Relações Horizontais: Será possível no ambiente escolar?

Como escola, temos que parar de nos "classificar" por cargos, ou método de entrada, seja por concurso ou contrato. Acredito sim que as Relações Horizontais são possíveis e necessárias para a construção de uma escola democrática.
Segundo o artigo Projeto Politico Pedagógico e Regimento Escolar:
"... os primeiros (desejos) só alcançarão concretude (regras) quando consensualmente transformados em caminhos por onde passarão os diferentes segmentos da escola - configurando-se assim um pacto de convivência - e onde as regras só alcançarão sentido quando enraizadas num quadro teórico que as fertilize e lhes ofereça legitimidade." (pag. 5)
Ou seja, nada que é "imposto cria raiz", a escola tem que ser sim um espaço de discussão, mas também de comprometimento com causas e união, principalmente dos funcionários que a formam. 
Na EMEI em que trabalhei durante cinco anos, percebia que havia muito mais está união, juntos, professores e funcionários formávamos uma verdadeira Família, A Família EMEI Vovó Jura.
Dentre outras coisas, isto é o que mais me faz sentir saudades de lá, onde todos nós éramos tratados de maneira igual.
No anexo onde trabalho atualmente, durante estes 5 meses, passamos por vários percalços, e percebo que tivemos mais trabalho para superá-los por não possuir uma direção presente que una o grupo de trabalho e a comunidade escolar. Os pais não nos procuram para fazer críticas, indo direto a Secretaria de Educação, e nem sempre somos ouvidas para saber o que aconteceu. Acredito que se fosse uma escola em que houvesse uma gestão que unisse a comunidade escolar, isto não aconteceria, pois assim seriam possíveis as relações horizontais, onde cada um iria expor a sua opinião, levando em conta a sua realidade.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Gestão Democrática x Gestão Técnico-Cientifíca

Muito se ouve falar em Gestão Democrática, que a escola tem que promover a Democracia... Mas na prática, não é assim que funciona.
Somos frequentemente pressionados a estimular os alunos a buscarem seus direitos através da democracia, mas e nós como professores, fazemos isto?
No Município onde eu trabalho a maioria das escolas possuem gestões técnico-cientificas, porém algumas já estão se abrindo para a democracia, consultando a equipe de professores e funcionários em algumas situações. 
Como atualmente trabalho em um Anexo da Educação Infantil, que não está localizado dentro de uma escola, posso afirmar que a nossa gestão é totalmente técnico-científica, pois somos coordenadas diretamente pela Secretaria de Educação do Município. Não temos uma equipe diretiva atuante junto a escola, apenas uma Orientadora Educacional que recebe as ordens da Secretaria de educação e nos transmite.
Eu sou concursada, mas tenho desdobramento de mais 20h, e as demais colegas ou também estão na mesma situação que eu ou são contratadas. Isto faz com que a grande maioria não procure seus direitos.

LDBEN: Será a hora certa de mudar

Vendo o vídeo com a fala do professor Carlos Roberto Jamil Cury, pude refletir sobre o quanto a educação perdeu, no decorrer dos anos com as mudanças na LDB. A retrospectiva feita pelo professor apresenta um histórico esclarecedor sobre a Politica Educacional Brasileira, onde foram feitas 219 mudanças na lei, por decretos, sendo retirados muitos direitos que já haviam sido garantidos por lei.
Segundo o autor:
"Fazer uma nova LDB é abrir o campo para novos retrocessos, pois não temos força suficiente para entrarmos nesta disputa e recuperarmos pontos que foram perdidos ou estão esquecidos."
O cenário politico atual, não favorece o ganho de recursos para a educação, devido a grande crise que o nosso país passa e a conjuntura atual que o governa, não temos representantes dentro do governo que possam lutar pelos direitos já adquiridos por lei e até mesmo os que já foram perdidos.
Atualmente eu leciono em um anexo da Educação Infantil, dentro de um CIEP. O palestrante fala no inicio do vídeo sobre o Idealizador deste tipo de escola, Darci Ribeiro. Se hoje estivesse vivo, com certeza estaria muito triste, pois o seu legado (pelo menos onde trabalho) não está sendo tratado como deveria. Os Centros Integrados de Educação Pública, tinham como meta a Educação Integral, e hoje são na sua grande maioria (se não em sua totalidade) escolas comuns, com muito poucos recursos, praticamente abandonadas pelo estado.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Iniciando as leituras de gestão

Confesso que nunca estive tão atrasada com as atividades como estou agora... Creio que isto esteja acontecendo por as interdisciplinas que iniciaram no meio do semestre serem mais teóricas, exigindo muitas leituras.
Como hoje tive uma folga, decidi "arregaçar as mangas" e me dedicar aos estudos.
Lendo o texto Politicas Publicas e Gestão da Educação, um paragrafo em especial me chamou a atenção, segundo Peroni (pag.6):
"A questão passa a ser todos na escola com qualidade, mas que qualidade? Essa indagação remete ao debate acerca da função social da escola neste período particular do capitalismo, de tantas mudanças no contexto sócio político e econômico. O debate diz respeito ao acesso não apenas à vaga na escola, mas ao conhecimento. Vivemos em período de muita informação, com fácil acesso a notícias, via internet, TVs, jornais, mas para entendê-las necessitamos ter acesso à linguagem específica de cada uma das áreas, aos conceitos; e ainda precisamos abstrair, relacionar, para entender e poder posicionarse frente ao mundo. A própria reestruturação produtiva exige um outro trabalhador, com capacidade de raciocinar, resolver problemas, trabalhar em equipe, dar respostas muito rápidas, como vimos em relatórios como o SCAM 2000, que pensava como deveriam ser as escolas no ano 2000 nos EUA para dar respostas ao setor produtivo, ou o próprio relatório Delors (UNESCO). Quer dizer, a função social da escola é proposta por alguns organismos internacionais e pelo empresariado, que esperam que as escolas apenas respondam ao setor produtivo, um retorno à teoria do capital humano. Outros, como o Banco Mundial (1995), que evitem o caos social retirando as crianças das ruas. E para nós, qual é a função social da escola? A resposta a esta pergunta nos dará pistas para responder à pergunta anterior sobre que qualidade."
Atualmente estou trabalhando em um Anexo da Educação Infantil, dentro de uma Escola Estadual. Devido ao grande número de alunos matriculados na gestão anterior, não havia espaço para estas crianças nas escolas municipais que atendem este público.
Foram abertas oito turmas de Pré escola (sendo 4 de pré A e 4 de Pré B). No dia 20 de fevereiro assumimos as turmas (cada uma com quase 30 alunos matriculados) porém com o minímo de material pedagógico, assim sendo quase impossível fazer um bom trabalho. Onde fica a qualidade na educação?

Criando a "Teia" de Aprendizagens

Nossa ultima aula foi à distância, e por problemas de conexão não consegui participar na hora, mas fiz questão de fazer as atividades propostas posteriormente.
A proposta era comentar três blogs, de colegas que já publicaram neste semestre, eu comentei cinco.
Esta Teia de aprendizagens é muito proveitosa, é uma pena que chegando ao final do nosso 5º Semestre, ainda não conseguimos fazê-la funcionar.
Eu que tanto gosto de escrever e postar minhas aprendizagens, neste semestre não consegui deixar minhas postagens em dia. Acredito que isto tenha se dado, pelas interdisciplinas serem mais teóricas e menos práticas.
Prometo que irei me esforçar e fazer mais postagens ainda esta semana, assim como acabar meus estudos de duas interdisciplinas que começaram mais tarde e acabei não conseguindo acompanhar.

sábado, 3 de junho de 2017

Aprendendo um pouco mais sobre a Psicologia na Vida Adulta

Dentre todos os trabalhos apresentados, o que mais me chamou a atenção foi o que tratava das fases da vida adulta. 
Me identifiquei demais com os exemplos que as colegas mostraram:
Na Adolescência: Onde achamos que somos donos da verdade, muitas vezes rebeldes sem causa.
Fase adulta: Onde adquirimos maiores responsabilidades e formamos uma familia.
Velhice: Fase onde se encontram os meus pais. Quando a colega Ana entrou caracterizada como uma velhinha debilitada e abandonada pelos filhos, logo me veio a mente os meus pais. 
Os dois vivem sozinhos em sua casa, pois não aceitaram que eu construisse no pátio deles, uma vez que tenho mais 4 irmãos e eles sempre me diziam que a casa não era herança só minha que eu tinha que adquirir algo que fosse só meu. Hoje moro na minha casa, que fica longe da casa deles e nem sempre tenho tempo de dar a devida atenção que eles merecem. É muito difícil para eles aceitarem que os filhos tem vida própria, e nós temos que nos virar para dar atenção para eles.
Quando vi a colega falando que estava abandonada pelos filhos, logo pensei neles, pois apesar de vê-los todos os dias sei que não dou a devida atenção que um casal de 76 anos (minha mãe) e 81 Anos (meu pai) necessitam, e me vejo sempre correndo... Correndo atrás das contas para pagar, atrás das atividades da faculdade atrasadas, correndo atrás do planejamento das minhas aulas, e muitas vezes me vejo passando correndo pela casa deles, sem ter tempo para dar a atenção e carimho que eles merecem.