terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O Ensino de Ciências na Educação Infantil

O ensino de Ciências começa desde muito cedo.

Segundo Russel:

"O ensino de ciências pode propiciar o contato com a diversidade de formas de vida e de ambientes, bem como com as necessidades e condições necessárias à sobrevivência das diferentes espécies de seres vivos, procurando-se incluir a espécie humana entre as demais espécies e superar visões utilitaristas e antropocêntricas de natureza. Isto é, olhar para os seres vivos procurando ver suas estratégias de sobrevivência ao invés de considerá-los em função dos interesses e valores da espécie humana. O ensino precisa superar classificações simplistas de elementos da natureza como úteis ou nocivos aos seres humanos, ou como recursos naturais a serem explorados." (Russel, 1997, pag.2)

Desde o berçário, os alunos começam a ter noções de higiene junto com as professoras e auxiliares. E é através de lúdico que isto se consolida.

Muitas vezes vejo as meninas brincando de bonecas de 1 ano e meio, brincando com as bonecas e limpando o bumbum, pois a nenê fez cocô, assim como nós higienizamos elas.

Nunca imaginei, que a ludicidade, estivesse tão ligada às Ciências. Sempre trabalhei com o maternal 2 usando a caixa surpresa para despertar a curiosidade deles, mas sempre falava para eles: será que é um bicho? será que morde? olha o barulho que faz... Assim sendo, sempre trabalhei ciências, mesmo sem saber.

Na foto abaixo, estamos com o Dentista do PSF Dunas e suas enfermeiras.


O dentista nos visita uma vez por semana, e a escovação é feita durante todos os dias, com as professoras e auxiliares.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Experimentação como forma de aprendizagem

A experimentação e a curiosidade andam de mãos dadas na educação infantil. Quantas vezes quase perdemos a paciência com tantos "porquês"? Profª. mas porquê? 
Um trecho do vídeo O ensino de Ciências do 1º ao 5º Ano, me chamou muito a atenção, onde a professora entrevistada diz:
"O interesse da criança faz o nosso trabalho e não o contrário."
Estamos em sala de aula para guiar os alunos nesta busca pelo conhecimento, fazendo com que, através da curiosidade o aluno busque o conhecimento, nos assuntos de seu interesse. Está é a nossa função.
Quantas vezes falamos para os alunos não mexerem em certos objetos, e eles vão lá e mexem. Mexem por que a curiosidade é maior, a vontade de experimentar aquilo que não pode. E como educadores não podemos podar esta curiosidade, mas devemos sim mostrar o porquê não pode mexer, o que vai acontecer, dando acesso ao aluno "experimentar" com a supervisão do professor.
Nesta mesma atividade, outro vídeo me chamou a atenção, o que fala sobre Noção de espaço na Educação Infantil. Eu não frequentei a educação infantil, entrei direto na primeira série, e hoje eu vejo como isto fez falta na minha vida. Sou péssima em lateralidade, para saber qual a mão é a direita, tenho que usar um anel diferente, e só aprendi os pontos cardeais quando tive que ensinar para os meus alunos no estágio do magistério. 
Por isto, procuro sempre trabalhar muito isto nos meus alunos, através de brincadeiras e desenhos, onde eles se localizam no ambiente e no meio em que vivem.

Construção de um Portfólio

Quando vi o título da atividade, não tive dúvidas sobre o qual seria o meu tema: Vou escrever sobre a escola do meu coração - A Escola de Educação Infantil Vovó Jura.
Foi então que bati de frente num grande desafio: A falta de material escrito sobre a escola.
Segundo o texto Ser professor é ser Pesquisador de Fernando Becker e Tânia B. Marques:
" O professor que não reduziu sua função às realizações de uma máquina de ensinar ou aos procedimentos burocratizados de um “ensinador”, constrói e, sobretudo, reconstrói conhecimentos. É o que faz um pesquisador, pois um conhecimento nunca inicia do zero e  nunca é levado a termo de forma definitiva. Ele assim procede não para ser pesquisador, mas para ser plenamente professor. Nesse sentido, pesquisar faz parte da função docente. Faz parte da nova concepção de professor."
Então coloquei meu lado pesquisadora em ação, mobilizando colegas, pais e até mesmo os alunos na busca de informações.Foi quando lembrei da época em que eu fui chamada para assumir o meu concurso e coloquei no google EMEI Vovó Jura Cidreira RS, e apareceu um vídeo que uma colega minha havia postado no youtube.

Pedi autorização da colega para usar o vídeo e logo em seguida pedi fotos antigas para ela.
Certo dia, estava conversando com as minhas atendentes sobre a dificuldade de conseguir material, e então, elas começaram a me contar a história da EMEI e de sua fundadora, a Dona Juraci, e foi quando me surpreendi com as informações delas. A Mariazinha (minha auxiliar mais antiga) havia trabalhado na primeira EMEI, e a Elenita, teve um filho nesta primeira escola.
Nesta primeira conversa elas já desconstruiram a minha certeza inicial: Sempre achei qie a Vovó Jura fosse a fundadora da escola e que esta já tinha sido fundada com este nome, mas descobri que não, na verdade a primeira escola se chamava Arco-íris e era dirigida pela então presidente do LBA (Legião Brasileira de Assistência), que mantinha a Creche com o suporte alimentício e de higiene e a prefeitura sedia o prédio e as funcionárias para trabalhar. Quando a LBA parou de dar assistência, a Vovó Jura assumiu as despesas e manteve a escola.
Depois a escola mudou de lugar e foi para o endereço que é hoje, mas o prédio era precário e então funcionou por um tempo em uma casa, e somente em 2011 a E.M.E.I. Vovó Jura foi reinaugurada.
Com a ajuda dos pais eu consegui uma foto da dona Juraci entregando o diploma do pré para uma aluna, e assim pude contar a história da escola do meu coração para os meus alunos.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Carpe Diem - Aproveite o dia

Sim são 4:18 da manhã de sexta para sábado, perdi o sono esperando o meu esposo chegar de um trabalho (ele é técnico de som e opera para algumas bandas da região). Liguei a televisão, (pois nesta semana aconteceu tudo o que podia acontecer, inclusive eu perder meu telefone, e não tinha como ligar para ele), e estava passando na televisão o filme Sociedade dos Poetas Mortos, e me peguei pensando sobre tudo que aconteceu durante está semana. Dentre estes acontecimentos, destaco a minha "despedida" do berçário 1.
Estou muito triste, pois amo cada bebê daqueles como se fosse meu, mas não podia prosseguir vendo coisas que eu não concordava, e então desisti do desdobramento. Não tenho vergonha de dizer que desisti, pois levei meus princípios até o fim, lutando para o bem estar daquelas crianças como se fossem meus filhos.
Mas voltando ao filme, uma das cenas iniciais mostra o pai de um dos alunos, cobrando que ele saia da redação do jornal da escola, pois devia dedicar-se integralmente aos estudos para que um dia se tornasse médico. Como já mencionei diversas vezes por aqui, ingressei no magistério para realizar o sonho dos meus pais em ter uma filha formada professora. Tenho viva na minha memória o dia em que minha mãe saiu muito cedo da manhã, para tentar conseguir uma vaga pra mim no curso de Magistério do Instituto Estadual de Educação Barão de Tramandaí. Meu pai, que na época trabalhava fazendo fretes de carroça, não dormiu até que minha mãe chegasse em casa, pois se ela não conseguisse uma vaga para mim na escola pública, teria que dar um jeito de pagar uma escola particular e naquela época não seria nada fácil, uma vez que eu trabalhava com a minha mãe num quiosque no verão, para ajudar meu pai a sustentar a casa no inverno.
Ao contrário do pai do filme que exigia que o filho seguisse a profissão de médico, meus pais nunca me forçaram a nada, queriam muito que eu saísse com uma profissão do segundo grau, mas respeitavam quando na época eu dizia que iria fazer faculdade de computação, pois desde pequena, eles se desdobraram para pagar cursos para mim, e aquilo se tornará uma paixão.
Como muitos sabem também, me descobri professora em sala de aula, e me apaixonei pela profissão no estágio final.
Hoje mais uma vez quero agradecer aos meus pais por terem este sonho, e por me ensinarem princípios indispensáveis na vida.
Desta semana tão conturbada, tiro a seguinte lição: Carpe Diem - Aproveite o dia! Aproveite cada dia da sua vida intensamente, assim como vivi cada segundo ao lado dos meus bebês. 
Em uma certa cena do filme, o ator Robin Willians, interpretando o professor inspirador do filme, diz: A vida só existe com sonhos. E concordo plenamente com isto, pois se não fosse o sonho dos meus pais não seria a profissional apaixonada que sou hoje.
Não sei se usarei esta postagem na minha síntese do semestre, mas precisava expressar os meus sentimentos ao assistir Sociedade dos Poetas Mortos (1989) pela segunda vez.
Referências:
SOCIEDADE dos poetas mortos. Direção Peter Weir. Produção: Steven Haft. Interprete: Robin Williams. Música: Maurice Jarre. Produzido por Buena Vista Home Entertainment; Tochstone Home Entertainment. DVD (129 min), Wisdescreen, son., color, NTSC, 1989.