domingo, 10 de julho de 2016

A importância do Recreio

Nós professores geralmente pensamos em recreio como um espaço para as crianças se agitarem e não prestarem mais atenção na aula. Confesso que pensava assim até a primeira aula de Ludicidade. Por muitas vezes me peguei fazendo atividades dirigidas durante os 30 minutos que os meus alunos tem de pátio, onde deveriam brincar livremente. Após assistir ao filme

O Fim do Recreio (Vinícius Mazzon e Nélio Spréa, 2012), comecei a mudar meu pensamento. Mas ao invés de deixar eles correndo sem rumo, decidi brincar com eles, mas neste momento, eles que mandam! Brincamos de casinha, carrinho, mamãe e filhinho. de tudo que eles quiserem e o que a imaginação corre solta.

Por quê Brincar é importante?

Sempre soube que brincar é muito importante, mas jamais imaginei que fosse tão importante quanto a interdisciplina de Ludicidade me mostrou. Após realizar os estudos e leituras, tornei minhas aulas muito mais lúdicas e divertidas. Como educadores, temos a obrigação de abrir caminhos para o conhecimento, mas porque isto tem que ser chato? Concordo quando alguns colegas pensam que é mais fácil só passar exercícios no quadro ou em xerox, mas será que os alunos gostam disto? Com certeza não. A criança deseja brincar, jogando com a aprendizagem e este é o nosso papel. no texto Quatro Cores, senha e dominó tem um trecho que fala exatamente isto: “Como precisar a importância do Jogo na escola: Como pensar o jogo na construção do conhecimento? Gostaria de recordar, uma vez mais, que a função eterna da escola é instrumental, ou seja, os adultos mantêm os filhos na escola visando aos futuros cidadãos que estes deverão tornar-se. Freqüentamos a escola para aprender a ler, escrever, fazer cálculos; porque as profissões adultas necessitam desses conhecimentos. Mas para a criança, essa função instrumental da escola é muito abstrata, teórica; tem um sentido adulto, por vezes muito distante dela. Já o conhecimento tratado como um jogo pode faze sentido para a criança.”

domingo, 3 de julho de 2016

Literatura Surda

Antes de estudar Libras, nunca havia pensado que existe livros direcionados à comunidade surda. Na nossa segunda aula presencial, tivemos a oportunidade de folhear livros clássicos com tradução em Libras e de adaptar um conto clássico para a comunidade surda.

Escolhemos o Clássico da Branca de Neve, e a transformamos na Branca de Neve Surda. Um dia depois contei a história aos meus alunos do Maternal 2 e eles ficaram impressionados, pois nunca tiveram contado com uma pessoa que não ouvisse ou falasse a linguagem deles.



O Perigo de uma história única

Assistindo a palestra da artista Christine Sun Kim, refleti sobre o perigo de termos acesso a uma única história. Antes de estudar Libras, não sabia que existia uma comunidade Surda organizada, que se reúnem, nem mesmo que existe uma escola especial para surdos, onde aprendem primeiro Libras para após aprender a língua portuguesa.
Sempre temos que procurar mais lados da história, e foi muito gratificante conhecer os "outros lados da história" dos surdos, conhecer a luta dos surdos para sevem reconhecidos na sociedade e conquistarem seu lugar.

Um mundo Bilíngue é possível

Após ver o filme Sou surda e não sabia, fiquei pensando no quanto os surdos sofrem antes de serem diagnosticado, e como é importante o diagnostico precoce. O filme apresenta a vida de uma menina que nasceu surda em uma família de ouvintes e as dificuldades que ela passou até conseguir se relacionar com a comunidade surda e usar a linguagem de sinais.
Creio que a este tipo de linguagem deveria ser incentivada desde a educação infantil, adotando a Lingua Brasileira de Sinais como segunda língua. Porém para que isto aconteça, nós professores temos que ser capacitados para isto.
Acredito que além de possível, isto seria de grande valia para toda a criança, pois além de aprender a conversar com quem só utiliza desta língua, a criança teria um outro estímulo na expressão corporal.